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Homem não pode batizar sobrinha por ser gay

Publicado

em

Sandra Cristina | Correspondente na Espanha

Alejandro Rodrigues não pode batizar sobrinha por sei gay e conviver com uma pessoa do mesmo sexo | Foto: Reprodução

Alejandro Rodrigues não pode batizar sobrinha por sei gay e conviver com uma pessoa do mesmo sexo | Foto: Reprodução

O Padre Francisco Xavier, da Igreja Católica em Sevilla, negou a um jovem de ser padrinho de batismo de sua sobrinha por sua condição de homossexual, e sobretudo, por conviver com uma pessoa do mesmo sexo. A “vítima” vai entrar na justiça contra a igreja. Trata-se do jovem Alejandro Rodrigues, (foto), um garçom de 30 anos que sempre foi vinculado à igreja e membro ativo de Cáritas, pertenceu também à junta diretiva de fiéis, por isso tinha “boa relação” com o Padre.

Há uns dias, o jovem escreveu uma carta para o Padre comentando que sua irmã queria batizar a filha e queria que ele fosse o padrinho, o pároco, quando recebeu a carta respondeu que a petição estava feita, mas não estava confirmada. O Jovem esclareceu que no ano passado havia se inscrito para fazer o curso de catequese, mais como era sempre nos fins de semana e como ele trabalha como garçom, estava sempre esperando uma solução por parte da igreja até que se cansou. “Me via todos os dias na Igreja e nunca me dizia nada”, esclareceu Alejandro. Esta semana o jovem foi até a paróquia, sem imaginar a situação que iria encontrar. Foi abordado pelo Padre que lhe disse: “sei que não vai gostar do que vou te dizer, ou mesmo não poderá entender, mas não poderá ser padrinho da criança por sua orientação sexual e estar vivendo com outro homem”, o que deixou a entender, segundo Alejandro, que os gays que estão ocultos podem ser padrinhos.

Para Alejandro, foi a maior decepção porque considerava o padre como sendo seu amigo, inclusive de tomar cervejas juntos e compartilhar seus problemas e que não esperava que fosse “homofóbico”, esperava isso dos moradores do bairro e não de um sacerdote.

Já o padre se defende dizendo que “é somente um mandado”, esquivando-se em dar mais informações sobre sua atitude.