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Bahia

OPERAÇÃO ARCANAUM:
Polícia Federal desmantela esquema de fraude em prefeituras da Bahia e Piauí

Investigações conduzidas pela Polícia Federal apontam para crimes de contratações fictícias e fraude em benefícios do PIS/PASEP; operação ocorre em momento crucial para a política local

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Polícia Federal

Viatura da Polícia Federal estacionada em frente à prefeitura, durante a ‘Operação Arcanaum’, que visa desmantelar um esquema de fraudes em benefícios do PIS/PASEP e contratações fictícias de empregados públicos | Foto: Divulgação PF

Nas primeiras horas desta quinta-feira (24), moradores de diversas cidades no interior da Bahia e do Piauí presenciaram a chegada de viaturas da Polícia Federal (PF) às portas de suas prefeituras. O fato não passou despercebido, especialmente em Cotegipe, onde a prefeitura emitiu uma nota de esclarecimento. O evento ocorre num momento político delicado, às vésperas das eleições para prefeitos nos municípios brasileiros.

A ação faz parte da “Operação Arcanaum,” desencadeada por 40 agentes federais e que objetiva cumprir nove mandados de busca e apreensão em oito municípios distribuídos entre Bahia e Piauí. As investigações, desenvolvidas pelo Núcleo de Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos da Delegacia de Polícia Federal em Barreiras (DRCC/DPF/BRA/BA), identificaram um esquema de contratação fictícia de funcionários públicos e fraudes no Programa de Integração Social (PIS) e no Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP).

As cidades sob ação da PF incluem Xique-Xique, Jacobina, Baianópolis, Mansidão, Buritirama, Cotegipe e Santa Rita de Cássia, na Bahia, e Júlio Borges, no Piauí. O valor do prejuízo aos cofres públicos ainda não foi revelado.

Os crimes investigados envolvem estelionato majorado, inserção de dados falsos em sistemas e participação em organização criminosa. As penas para esses delitos podem totalizar até 28 anos de prisão. De acordo com a PF, foram feitos cadastros fraudulentos de trabalhadores rurais, o que gerou direitos trabalhistas e sociais irregulares.

O termo “Arcanaum” foi escolhido para dar nome à operação por evocar conceitos de mistério e segredo, o que reflete a maneira como os criminosos operavam, aproveitando-se do acesso restrito a sistemas de informação e de conhecimentos contábeis e burocráticos.

Nota de Esclarecimento da Prefeitura de Cotegipe

A prefeitura de Cotegipe esclareceu em nota que a operação investiga ações criminosas realizadas durante a gestão do ex-prefeito Marcelo Mariani, entre os anos de 2013 e 2016. A PF indica que houve contratações fictícias sem o consentimento das vítimas, que agora enfrentam problemas em seus processos de aposentadoria rural. A atual administração, sob o comando da prefeita Márcia Sá Teles, reitera seu compromisso com a transparência e a ética e se coloca à disposição para sanar quaisquer dúvidas.

Da redação do Falabarreiras com informações do G1 e da Ascom da prefeitura de Cotegipe

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