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Fala Sério

Uma pedra de cada vez

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Sem pressa.
Também para quê essa?
As antigas e mais duradouras, seculares construções, receberam uma pedra de cada vez.
Devidamente encaixadas.
Como numa sinfonia de nascer.
Crescer.
Viver.
A vida nos ensina de que muitas vezes corremos atrás de um sonho e não sentimos que está dentro de nós.
Às vezes até em nossas mãos.
E em grande parte das vezes quando começamos realizá-lo, o deixamos esquecido.
Até que ele se esqueça de nós.
E nos perguntamos depois, por quê?
Mas será que cabe a pergunta?
Sempre feita de forma e em hora tardia.
Nem sempre importa o lugar.
Mas o que se foi.
E todos sabemos que quando algo se vai, somos nós que ficamos.
Sem uma peça importante na engrenagem de nossas vidas.
Mas que deixamos o tempo e o desleixo gastar.
E sempre não temos dúvidas em colocar a culpa nela.
Agora, se ela for recuperada e utilizada de forma melhor depois?
Como pode?
Achamos impossível e não aceitamos acreditar.
Porque é a verdade.
Que talvez nós não quiséssemos ver.
Ouvir.
Sentir.
Saber.
E cada vez então, nos vem a verdade correta.
Nada melhor do que uma pedra de cada vez.
Mas que saibamos assentá-la.
Conservá-la.
Fazê-la par de outras tantas quantas necessárias.
Não importa se em um castelo para abrigar nossos sonhos.
Uma ponte para abrir nossos caminhos.
Uma fortaleza para nos defender das lutas.
Mas que cada uma delas, seja de vida.
Assentadas sempre, uma a uma.
Uma pedra de cada vez.

Antonio Jorge Rettenmaier,
escritor, cronista e palestrante.
Esta coluna está em mais de 90 jornais impressos e eletrônicos do Brasil e Exterior. Contatos: ajrs010@gmail.com

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