Barreiras
Manifestação em Barreiras clama por socorro para o Rio Grande e embargo da PCH
Comunidades e ambientalistas protestam contra a construção da PCH Santa Luzia, pedindo ações do INEMA
Manifestantes descendo a Rua Severino Vieira rumo à ponte sobre o Rio Grande em Barreiras | Foto: Dionnim/Agência Ôpa
Notícias de Barreiras: Na manhã desta terça-feira (21), um grupo engajado na defesa do meio ambiente organizou uma grande manifestação em Barreiras, no Oeste da Bahia. A concentração começou às 7h30, no fundo da Catedral São João Batista, reunindo moradores das comunidades Beira Rio, Palmeiral, Sítio de Cima, Sítio do Rio Grande, Morrão e Embalssador, que lideraram o evento para denunciar os riscos da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Santa Luzia.
Denúncias contra a PCH Santa Luzia
O geógrafo Marciel Viana, um dos organizadores, destacou: “Esse ato é um grito de socorro por conta do risco que a PCH Santa Luzia vem provocando. Estudos preliminares mostraram que a área não tem estrutura geológica para suportar a barragem”. As comunidades locais, que participaram dos estudos iniciais, sabem que o terreno é composto principalmente por areia e brejos, o que torna a construção da barragem ainda mais perigosa.
Durante o evento, as falas foram direcionadas principalmente contra a Prefeitura Municipal de São Desidério, que emitiu o alvará de construção, e o INEMA, órgão estadual responsável pela licença ambi ental. “A PCH não tinha autorização para operar, mas fizeram barramentos para testes”
Impacto ambiental e mobilização das comunidades
Recentemente, a PCH Santa Luzia causou um vazamento de sedimentos no Rio Grande, deixando a água barrenta e matando peixes. “O terreno onde está a barragem é naturalmente encharcado e não suporta tal construção”, explicou Marciel. As comunidades locais, afetadas pela diminuição da vazão do rio e por sua contaminação, se uniram para exigir que a PCH seja embargada e que novos projetos de barragens sejam rigorosamente estudados antes de qualquer aprovação.
Ato e pedidos às autoridades
Após a concentração, os manifestantes desceram até a margem do Rio Grande e seguiram para o INEMA, onde protocolaram um abaixo-assinado pedindo o embargo definitivo da PCH Santa Luzia. “Queremos que o rio corra livre e que nenhum outro empreendimento semelhante seja aprovado sem estudos rigorosos”, declarou Marciel.
A manifestação também foi motivada pela visita à PCH pela Frente Preventiva Integrada (FPI), que inclui a Defesa Civil, Ministério Público, Polícia Ambiental e técnicos do CREA. A promotora Luciana Cury, do Ministério Público, conseguiu que a FPI analisasse a situação da barragem. No próximo sábado, uma audiência pública será realizada em Ibotirama, também no Oeste da Bahia, para discutir os achados da FPI.
Para os organizadores, o evento foi satisfatório apesar das dificuldades logísticas. “Muitas pessoas não conseguiram descer por falta de transporte. O sentimento de revolta está grande”, relatou Marciel, destacando a preocupação e o desespero das comunidades afetadas.
A manifestação em Barreiras mostrou a força das comunidades e a urgência de ações efetivas para proteger o Rio Grande. As demandas das comunidades e ambientalistas são claras: embargo da PCH Santa Luzia e garantias de que o meio ambiente será priorizado em qualquer novo empreendimento na região.
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