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SEGURANÇA:
Como proteger dados bancários em transações pela internet

Volume de operações financeiras on-line aumenta, mas usuários ainda apresentam dúvidas e inseguranças ao usar aplicativos de bancos…

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em

Segurança Digital

Imagem: vectorpocket/Freepik

De acordo com uma pesquisa realizada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), 51% das operações bancárias realizadas em 2020 tiveram o mobile banking como plataforma. O número é resultado da mudança no padrão de comportamento do consumidor, impulsionada pelas medidas de isolamento social necessárias à contenção da pandemia de Covid-19.

Com a necessidade de ficar em casa, cresceu o número de pessoas que utilizam a internet para realizar compras elementares como supermercado, hortifrúti e farmácia, para além das já tradicionais compram de eletrônicos, livros, roupas e comida pronta. Com isso, o uso dos aplicativos de banco pelo celular também aumentou consideravelmente, chegando a quase 53 bilhões de transações no ano passado.

Somando todos os canais bancários – agências, caixas eletrônicos, internet, celular, maquininhas, correspondentes bancários e contact centers –, o número total de operações financeiras foi de 103,5 bilhões, um aumento de 20%, o maior dos últimos anos. Segundo o estudo, 67% desse total corresponde a transações feitas por meio do nternet banking ou mobile banking, como quando é feita uma transferência do banco Santander para outra conta e é necessário usar o número do Nubank, por exemplo.

Embora a internet tenha chegado para ficar na vida do correntista brasileiro, ainda há muitas dúvidas e inseguranças em relação ao sigilo de dados bancários no universo digital. Alguns cuidados especiais podem evitar que golpes e crimes virtuais aconteçam.

Aplicativo certo

Os criminosos estão cada dia mais sofisticados e é comum criarem clones dos aplicativos das instituições bancárias para colher dados e aplicar golpes. Para evitar cair em um deles, o ideal é procurar o aplicativo original, no site do banco em que a pessoa possui conta, ou nas lojas d e aplicativos de celulares Android ou IOS.

Outro ponto importante é verificar a extensão dos arquivos para download e nunca baixar aqueles com final “.apk”. Vale também manter as atualizações dos aplicativos em dia, pois os bancos realizam melhorias constantes para reforçar a segurança dos dados do correntista. Quanto mais atual for a versão do aplicativo, melhor.

Além disso, é importante utilizar o app somente no celular pessoal e em redes seguras. Compartilhar dados bancários com terceiros pode ser uma porta aberta para os criminosos.

Sigilo de dados

Muita gente guarda os dados bancários em um bloco de notas do celular. Por mais prático que pareça, essa não é uma boa opção. Caso o aparelho seja roubado, os criminosos terão acesso a eles, sem muito esforço. O ideal é memorizar dados e senhas ou usar aplicativos específicos para este fim.

Verificação em duas etapas e bloqueio de IMEI

A verificação em duas etapas é uma alternativa oferecida pelas instituições financeiras, com o objetivo de dificultar a ação dos bandidos. A ação pode ser feita via emissão de um token ou da leitura de QR Code. É importante saber qual ferramenta da agência bancária tem essa função.

Já o IMEI atua como a identidade do aparelho. Quando é bloqueado, impede que o celular seja usado e ainda facilita a sua localização em caso de furto.

LGPD e Open Banking

A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) tem o objetivo de garantir as liberdades individuais e o direito à privacidade, para isso, estabelece regras para o tratamento de dados pessoais por pessoas físicas ou instituições públicas e privadas. Por dados pessoais, entende-se aqueles por meio dos quais uma pessoa pode ser identificada.

O tratamento desses dados é feito por meio de operações como coleta, produção, recepção, classificação, utilização, acesso, transmissão, armazenamento, eliminação, avaliação ou transferência de informações. Desde a aprovação da lei e sua entrada em vigor, todas as empresas deverão comunicar como lidam com os dados do consumidor.

Em agosto de 2020, o Banco Central disponibilizou um novo serviço que permite o compartilhamento de dados bancários entre instituições financeiras mediante autorização prévia do correntista, o Open Banking. O objetivo é democratizar o acesso a esses dados, a fim de facilitar o relacionamento entre o titular de uma conta e outras agências bancárias.

Outro aspecto do Open Banking é permitir que as contas sejam acessadas por diferentes plataformas em não apenas pelo aplicativo ou site do banco de forma “segura, ágil e conveniente”, segundo o Banco Central. De acordo com a instituição, o serviço permite a criação de novos modelos de negócios, a inclusão de segmentos desassistidos, maior transparência, maior controle sobre finanças pessoais, portabilidade e relacionamento entre instituições e o consumidor no centro das decisões.