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Bombeiros não aparecem e moradores apagam fogo em APP

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Alô Alô Salomão

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O incêndio aconteceu na manhã desse sábado, 05, numa Área de Preservação Permanente, e queimou grande parte da vegetação rasteira às margens do Rio Grande. Houve várias tentativas de acionar a Central de atendimento do Corpo de Bombeiros, mas ninguém atendia ao telefone 193.

A natureza só não teve prejuízo maior, graças à iniciativa de três voluntários, que decidiram apagar o fogo. O pescador Tonis Souza de Oliveira, apelidado de Jhow, o mecânico conhecido por Rodrigo e o músico Xuma Gomes, sem qualquer Equipamento de Proteção Individual, usaram um regador, garrafa pet e um balde para impedir a propagação das chamas. Ninguém sabe como iniciou o fogaréu.

O músico barreirense Xuma comentou que o espaço está totalmente abandonado. “Aqui poderia existir um parque ecológico para o lazer da população, e melhor preservação do meio ambiente, no entanto, está com um matagal perigoso para quem reside nas proximidades e desprezado pelas autoridades competentes”.

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Habitantes reclamam que a área tem servido de refúgio para moradores de rua e até bandidos, que agem no Centro Histórico da cidade. “Muitas pessoas vêm consumir drogas e arrombadores usam o matagal para esconder produtos furtados. Há poucos dias furtaram minha casa pelo telhado”, ressaltou uma senhora que prefere não se identificar.

Bem próximo ao local do incêndio nos deparamos com moradores de rua abrigados debaixo de uma árvore. José Onório dos Santos Filho informou que é da região de Sebastião Laranjeira – BA e Edivaldo Félix Ferreira veio de Pernambuco. A razão de estarem nestas condições, segundo eles é a falta de oportunidade de emprego. Maria de Lourdes Lima alegou que possui residência fixa em Barreiras, mas escolheu viver nas ruas onde se sente mais independente. Os três estavam visivelmente embriagados.

Eles possuem colchões, cobertores e improvisam um fogão a lenha para cozinhar. O alimento é conseguido através da mendicância. No acampamento existem outros moradores que não estavam no momento em que chegamos.

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Na entrada do lugar, foi instalada uma placa ainda na gestão da ex-prefeita Jusmari Oliveira indicando que o terreno seria destinado à implantação de um projeto de construção de um parque fluvial, mas nada executaram até agora.

Jhow e sua esposa Fernanda Henn mudaram o aspecto físico das margens do Rio Grande, nas imediações da Rua Humaitá, desenvolvendo um projeto socioambiental de despoluição da água e decoração do meio ambiente. Eles construíram assentos, passarelas e mantêm o local sempre limpo e organizado.

Com esse trabalho, a Rua Humaitá tem sido constantemente visitada por turistas, ambientalistas, banhistas e apreciadores da natureza.

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