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Fenômeno Epigenético: Alergias alimentares em alta na era moderna

Estilo de vida e alimentação contemporâneas são os principais culpados por trás do aumento de alergias e intolerâncias

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O fenômeno epigenético, termo utilizado pelos médicos para descrever mudanças no material genético de um organismo não diretamente relacionado à sequência de DNA, está em destaque devido ao aumento global de casos de alergias e intolerância a alimentos. Especialistas apontam mudanças no estilo de vida e nos hábitos alimentares como principais contribuintes desse aumento.

A Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) ressalta que as doenças alérgicas se desenvolvem, em grande parte, como resultado de mudanças no estilo de vida, tornando a população mais sensível a proteínas estranhas. O aumento das alergias alimentares começou há cerca de 20 anos e pode estar ligado a uma série de fatores, como o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados, consumo, urbanização e mudanças nos hábitos alimentares e de vida.

Epigeneticamente, essas mudanças podem afetar a forma como o sistema imunológico responde aos alimentos, tornando-o mais tolerante a desenvolver reações alérgicas ou intolerantes. Além disso, tais mudanças podem ser transmitidas para as gerações seguintes sem mudanças na sequência do DNA.

Uma pesquisa recente da Academia Europeia de Alergia apontou que cerca de 17% dos participantes sofreram de alergia alimentar. No Brasil, ainda não há dados precisos sobre o número de pessoas confirmadas.

Médicos explicam que fatores como alimentos ultraprocessados, mudanças na atmosfera e hábitos alimentares e de vida podem interferir com nosso DNA, ativando genes que antes eram reprimidos e alterações no organismo. A conscientização sobre o fenômeno epigenético é fundamental para entender e enfrentar o aumento das alergias e intolerâncias alimentares em nossa sociedade.