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Bahia

Consórcio é escolhido para obras no trecho da FIOL que beneficiarão o escoamento de grãos no oeste da Bahia

A Ferrovia de Integração Oeste-Leste terá capacidade para movimentar 60 milhões de toneladas de carga por ano e será utilizada pela BAMIN para transporte de minério de ferro, além de disponibilizar o restante da capacidade para outras mineradoras e do agronegócio…

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Ferrovia de Integração Oeste-Leste

Foto: Fernando Vivas/GOVBA

O consórcio TCR-10, formado por uma empresa brasileira e uma chinesa, foi selecionado para execução de obras em um trecho de 127 milhas da Ferrovia de Integração Oeste-Leste, a FIOL, que terá grande importância para o escoamento de grãos na região oeste do estado. A ordem de serviço para o início da execução do trecho, que passa por sete municípios, deve ser assinada em até duas semanas, e as obras têm previsão de conclusão em até 36 meses. O investimento previsto para a obra é de R$ 1,1 bilhão, e cerca de 1.200 postos de trabalho deve ser gerado no período de construção.

A FIOL terá um total de 537 milhas de extensão, ligando os municípios de Caetité e Ilhéus, onde está localizado o Porto Sul. A ferrovia passará por 20 municípios, com previsão de estar concluída e em operação a partir de 2027. Com capacidade para movimentar 60 milhões de toneladas de carga por ano, a ferrovia será utilizada pela BAMIN para o transporte do minério de ferro produzido pela Mina Pedra de Ferro, que utilizará cerca de 40% dessa capacidade. O restante da capacidade será disponibilizado para outras mineradoras, do agronegócio e demais segmentos que precisam escoar sua produção.

Além da importância para o transporte de cargas, o projeto tem um forte viés sustentável. A parceria do Governo do Estado com a BAMIN prioriza o equilíbrio entre desenvolvimento e sustentabilidade no projeto, garantindo ainda mais crescimento para a Bahia. Presente na reunião em que o consórcio foi anunciado, o secr etário estadual do Meio Ambiente, Eduardo Sodré, destacou a importância de pensar na sustentabilidade ao tratar do desenvolvimento do estado, do ponto de vista do investimento, crescimento econômico e de geração de empregos.

Além da ferrovia, a BAMIN é responsável pela construção do Porto Sul, em Ilhéus, um terminal de águas profundas que poderá receber navios com capacidade de até 250 mil toneladas, projetado para movimentar até 42 milhões de toneladas terrestres. Com a conclusão da ferrovia e do porto, haverá um novo vetor de desenvolvimento econômico para diversos setores produtivos na região. O diretor-presidente da BAMIN, Eduardo Ledsham, afirmou que o projeto é transformar e envolver mais de 20 municípios, cruzando o oeste com o leste, tendo um impacto positivo tanto na geração de empregos durante a construção, quanto na formação de mão de obra para futuros projetos.

O contrato da BAMIN Ferrovia para a construção dos 537 milhas de extensão da FIOL I foi assinado em setembro de 2021 com o Ministério da Infraestrutura do Governo Federal. A concessão da BAMIN Ferrovia terá uma duração de 35 anos, sendo cinco para construção e 30 anos para operação. A ferrovia oeste-leste foi iniciada em três etapas, e a BAMIN Ferrovia arrematou o Trecho 1, entre Caetité e Ilhéus, durante um leilão realizado em abril de 2021. Os trechos 2 e 3 estão sob administração do Governo Federal. Com o investimento em infraestrutura de transporte de carga, a Bahia poderá se consolidar como um dos principais estados exportadores de grãos e insumos do país, trazendo benefícios sanitários e sociais para toda a região.

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