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Educação

Mães barreirenses preferem não mandar os filhos para a escola

Com a volta às aulas presenciais na cidade, algumas mães ainda estão indecisas se vão levar os filhos à escola ou se deixarão para reiniciar o ano letivo mais tarde…

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Aulas Presenciais

Imagem ilustrativa | Foto: Freepik

Em Barreiras, Oeste da Bahia, e em todas as cidades baianas as escolas retomaram suas atividades no início de 2022 com aulas presenciais. Apesar da possibilidade de uma nova onda de infecção de Covid-19 por causa das novas variantes, as escolas reabriram normalmente e as aulas presenciais voltaram com 100% dos alunos em todas as unidades escolares.

No entanto, ainda há aquelas mães que preferem esperar um pouco mais para enviar seus filhos para a escola. Segundo dados de uma pesquisa realizada pelas Escolas Exponenciais, instituto que faz pesquisa de mercado em escolas no Brasil, apontam que no ano de 2022, 94% dos pais optaram por mandar seus filhos à escola e 6% os mantiveram em casa.

Mesmo estando evidente que o retorno às aulas presenciais não levou a uma alta de infecção entre os estudantes na cidade, algumas mães relatam que ainda não se sentem seguras para enviar seus filhos para a escola e preferem aguardar um pouco mais. Vale lembrar que muitas mães optaram por não imunizar seus filhos contra a Covid-19 e por isso preferem mantê-los em casa.

Por outro lado, segundo o especialista, que coordena o Comitê de Infectologia Pediátrica da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), o prejuízo em deixar os estudantes fora da escola vão além da questão educacional. Para a pediatra e professora da Faculdade de Medicina da USP Ana Escobar, a escola pode ser um ambiente mais seguro “do que a própria casa das crianças, portanto não há razão para não mandar seus filhos para a escola”. E ainda de acordo com a epidemiologista e professora titular da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Ethel Maciel, o ambiente escolar estará mais seguro para o ano letivo de 2022.

“Com a comunidade adolescente e adulta já vacinada, a não ser que os indicadores municipais sejam muito ruins e haja muita contaminação nas escolas, vamos ter um ambiente muito mais seguro do que no ano passado”.

Para o presidente do Departamento Científico de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria, Renato Kfouri, os benefícios da educação presencial são enormes e os riscos não são maiores do que outras situações que já voltaram a fazer parte do cotidiano, como restaurantes, academias e reuniões familiares.

“A escola mais reflete o que está acontecendo na sociedade do que é uma mola propulsora de casos. Os estudos e a experiência com dois anos da pandemia mostram que a escola não incrementa o número de transmissões. Não precisamos da escola para ter mais casos, a doença circula fora da escola também, e o mesmo risco que essa criança corre dentro de sua família e no círculo de amigos, onde vive, onde brinca e onde frequenta, é semelhante ao risco da escola”.

No entanto, vale lembrar que de acordo com o Código Penal, não matricular os alunos, seja na rede pública ou particular, pode caracterizar crime de abandono intelectual. A Constituição Federal e a Lei de Diretrizes da Educação Básica Nacional preveem que pessoas entre 4 e 17 anos devem estar matriculadas no ensino regular, uma vez que a evasão escolar pode provocar um atraso intelectual irreparável nos próximos anos letivos.

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