Curiosidades
Uso sinistro de caldeirões da Idade do Bronze é descoberto por especialistas
Descubra o uso sinistro de caldeirões da Idade do Bronze encontrados na Mongólia, revelando práticas alimentares antigas e surpreendentes.
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Uso sinistro de caldeirões da Idade do Bronze foi recentemente descoberto, revelando detalhes intrigantes sobre os hábitos das populações antigas. Um artigo publicado na revista Scientific Reports descreve a descoberta acidental de embarcações antigas nas estepes da Mongólia, fornecendo informações valiosas sobre os costumes de quase três milênios atrás.
Análise dos Caldeirões
O que mais chamou a atenção dos especialistas foi o uso sinistro de dois caldeirões presentes na Idade do Bronze, entre os achados. Ao rasparem resíduos de massa do interior dos caldeirões, que têm aproximadamente 2.750 anos, arqueólogos descobriram que esses recipientes eram usados para coletar sangue de ruminantes, como ovelhas e cabras, além do leite de iaques selvagens.
Coleta e Consumo de Sangue
Não se pode ter certeza sobre o destino final do sangue, mas acredita-se que era usado para fins alimentícios, como a produção de salsicha de sangue. Esta prática é semelhante às técnicas de fabricação de salsicha ainda usadas na Mongólia rural atualmente.
![Descoberta de Iaques selvagens na história](https://falabarreiras.com/wp-content/uploads/2024/06/iaques-selvagens-300x200.jpg)
![Descoberta de Iaques selvagens na história](https://falabarreiras.com/wp-content/uploads/2024/06/iaques-selvagens-300x200.jpg)
Descoberta traz primeiras evidências de iaques selvagens na história. Crédito: AnnaIrfan – Shutterstock
Contexto da Descoberta
Os dois caldeirões foram descobertos casualmente por dois pastores na província de Khovsgol, enquanto trabalhavam em uma cerca para um curral de cavalos. Junto aos caldeirões, foram encontrados outros artefatos que foram encaminhados à Academia Mongol de Ciências para análise.
Estudos e Análises
A equipe liderada pela arqueóloga biomolecular Shevan Wilkin, da Universidade de Basileia, na Suíça, realizou um estudo detalhado dos caldeirões. Para determinar a idade dos objetos, utilizaram datação por radiocarbono e coletaram amostras do interior para análise de proteína. Segundo Wilkin, isso poderia revelar detalhes sobre a dieta das pessoas que usaram os caldeirões.
Revelações da Análise Proteômica
A análise revelou a presença de proteínas sanguíneas e uma glicoproteína expressa no fígado, identificando a origem dos ruminantes. “Nossa análise ressalta as notáveis propriedades conservantes dos materiais de bronze, servindo como guardiões para a conservação de proteínas e outras moléculas orgânicas”, disse Wilkin em um comunicado.
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Os dois caldeirões ao lado de desenhos dos mesmos. O maior (a, b) tem um diâmetro de 36 centímetros, o menor (c, d) tem um diâmetro de 28,5 centímetros. Crédito: Wilkin et al., Rep. Sci., 2024
Salsicha de Sangue: Uma Tradição Antiga
Proteínas secundárias no caldeirão foram rastreadas ao leite de iaques selvagens. Embora não se saiba exatamente como esses dois líquidos, sangue e leite, eram usados, o fato de serem coletados revela muito sobre a vida do povo mongol da Idade do Bronze.
“Nossos dados sugerem que os dois caldeirões específicos do norte da Mongólia foram usados para coletar o sangue de animais ruminantes durante o abate e provavelmente foram uma parte importante da produção de alimentos. Se o sangue fosse coletado, conforme nossa sugestão, para a produção de salsicha, estenderia a antiguidade dessa prática pelo menos 2.700 anos no passado”, escrevem os pesquisadores no artigo.
Redação Site On
Fonte: olhar digital
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