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Peritos em Papiloscopia desenvolvem trabalhos científicos que podem redefinir as investigações policiais no Brasil

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Alberto Estaine Guerra Durão

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Não se trata de revolução, é produção de trabalhos mesmo!!

Peritos em papiloscopia em cena de crime | Foto: Divulgação

Peritos em papiloscopia em cena de crime | Foto: Divulgação

O que a sociedade espera de um servidor público? Acredito que independente da área de atuação profissional, seja na saúde, segurança pública ou educação, o contribuinte brasileiro sempre espera um desempenho melhor por parte dos servidores, sendo atendidos de uma forma mais qualificada, ágil e eficiente. Espera-se do serviço público como um todo que setores funcionem de forma dinâmica e com menos burocracia, fazendo com que o cidadão sinta o mínimo de prazer no pagamento de seus impostos e no cumprimento de suas obrigações impostas pelo estado democrático.

Sei que quando exigimos funcionários padrão, notoriamente várias pessoas, e com muita propriedade, falarão de salário, que o estado precisa pagar melhor para o despertar da motivação e da qualificação. Toda a discussão salarial é bem vinda e oportuna, e entende-se que os servidores precisam ser mais valorizados pelas atividades que exercem. Mas chamo atenção que nem tudo gira em torno do salário e do dinheiro, não acredito que um pensamento tão simplista assim resolveria todos os problemas. Acredito que a capacitação e algumas condições de trabalho seriam fatores determinantes para a prestação de serviços rápidos e eficientes.

Os peritos em papiloscopia não discutem salários, compreendem que salários se conquistam com o nível ou excelência do atendimento prestado e resultados oferecidos. Por isso se destacam, pois enveredam por um caminho totalmente justo, preocupando-se com o aprendizado, estudos e produção de pesquisas geradas por suas áreas de atuação. No Brasil, esses profissionais têm a responsabilidade de identificar pessoas através das impressões digitais, e encontram dificuldades diversas no desenvolvimento de suas atividades, mesmo tentando, a todo momento, demostrar seus resultados e aplicar aquilo que aprenderam nas academias de polícia.

[capti on id="attachment_29526" align="alignright" width="600"]Peritos em papiloscopia identificando suspeitos de fraudes em processo seletivo | Foto: Divulgação
Peritos em papiloscopia identificando suspeitos de fraudes em processo seletivo | Foto: Divulgação[/caption]

Dessa forma meus amigos, a questão salarial não é preponderante em tudo. O que esses especialistas mais buscam e almejam é a autonomia e independência na execução de suas atividades. E por que somos acusados de sermos meliantes ou golpistas por associações ou sindicatos que não concordam com a evolução do cargo do papiloscopista das polícias federal ou civil? Qual seria o argumento que justificasse acusações tão duras para um grupo que tem o crescimento como pano de fundo e prisão de culpados ou absolvição de inocentes como meta e foco de desenvolvimento?

Os estudos desenvolvidos por esses peritos em identificação humana podem reescrever os métodos investigativos no país e ajudar a polícia brasileira na guerra diária contra a impunidade. Alguns peritos papiloscopistas estão desenvolvendo pesquisas na renomada UNB (Universidade de Brasília) que buscam a compreensão do envelhecimento das impressões digitais latentes, relacionando o comportamento das imagens com o tempo. Imaginem a repercussão dessas pesquisas, pois além de saber quem foi que pegou em um determinado objeto, os policias saberão o momento em que essa mesma pessoa realizou o contato. Os Papiloscopistas federais estão publicando artigos em revistas internacionais de grande impacto no universo pericial, abordando temas e revelando resultados que retratam a eficiência de métodos de coletas e identificação de autores de crimes através dos cartuchos encontrados em cenas de crime.

Peritos em papiloscopistas identificando cadáveres | Fotos: Reprodução

Peritos em papiloscopistas identificando cadáveres | Fotos: Reprodução

Aqui no estado da Bahia, existem cerca de 380 especialistas sendo treinados e preparados para atender as mais diversas ocorrências. Os Peritos Técnicos especialistas em papiloscopia estão modificando o cenário baiano, pois já realizam identificações de cadáveres com rapidez e segurança, identificam suspeitos em cenas de crime e realizam o controle da produção e emissão das carteiras de identidade. Não se trata de um movimento golpista, e sim de uma mudança de comportamento, no qual cada especialista demostra interesse em sua área de atuação, tenta dominá-la a fim de oferecer, posteriormente, resultados semelhantes ao de países desenvolvidos e mais preparados no combate ao crime. O nível dos policiais está aumentando gradativamente, e se cada categoria prestar a sua contribuição, com certeza a criminalidade perderá força e espaços.

 Durao

4 Comentários

4 Comments

  1. Jeandson

    9 de abril de 2015 às 07:39

    Uma excelente matéria reflexiva e profunda alem de densa. Não pensar em quanto sociedade e o que queremos para a mesma, pensando em correção de distorções sociais e na eficiência da prestação do serviço público, parabéns pela temática e abordagem ao tema.

  2. Jeandson

    9 de abril de 2015 às 07:43

    Perdão aos leitores, onde ler não pensa quero dizer “Nos faz pensar enquanto sociedade e o que queremos para a mesma …
    Novamente peço desculpas pelo erro de digitação. Parabéns novamente ao site pela bela abordagem.

  3. Vinícius Pereira

    9 de abril de 2015 às 10:35

    Excelente matéria! Aborda o contexto da realidade dos Papiloscopistas, deixa claro as intenções dos profissionais. Estamos vivenciando um momento ímpar no País, a sociedade tem buscado e manifestado seu descontentamento com o sistema, com as políticas públicas; vermos servidores lutando para poder prestar um serviço de qualidade para Sociedade é magnífico a sociedade anseia por estas posturas. Vamos seguir lutando por uma segurança pública melhor, mais eficiente.

  4. José Carlos

    17 de abril de 2015 às 16:31

    Parabéns aos papiloscopistas e ao site por divulgar essa ciência. Pensei que esse trabalho existisse só em seriados americanos.

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