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Justiça condena pais de bebê por mal alimentação
Sandra Cristina | Correspondente na Espanha
Cheikne e Fatoumata de 33 e 29 anos, naturais de Mali e que residem em Barcelona, Espanha, foram condenados a prisão acusados de alimentarem indevidamente o filho que nasceu prematuro. Os pais decidiram administrar alimentação tradicional do país de origem dos mesmos, pese a advertência de médicos e assistentes sociais. Foram administradas comidas como arroz, cereais, azeite, chocolate e sal. Esses produtos provocaram uma forte desidratação no bebê que está agora em estado vegetativo.
O Ministério Público de Barcelona condenou o pai com uma pena maior do que da mãe, 4 anos para ele e 2 para ela, por considerar que o pai era quem traçava as diretrizes na hora de preparar a comida do filho e que queria seguir as orientações religiosas e culturais de seu pais, Mali. Para o Ministério Público, a mãe que praticamente é analfabeta e totalmente submissa ao marido, própria da religião mahometana que profesam, foi condenada dois anos menos que o marido por sua “inocência”.
Os pais atuaram de forma “incorreta e negligente”, já que essas substâncias estão completamente contraindicadas para a saúde de um recém nascido. O Tribunal considera que ambos atuaram de forma imprudente, mas aceita que não tinham a intenção de fazer mal ao bebê. Antes, haviam alimentado da mesma forma os dois primeiros filhos que têm, só que este nasceu de forma prematura e aos dois meses havia perdido muito peso e foi parar na UTI com severa desidratção, devido, sobretudo à alimentaçao inadequada. O bebe sofreu insuficiência em todos os órgãos, especialmente nas funções encefálicas, o que pode provocar um retardo mental grave com estado vegetativo, agrega a sentença.
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