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Barreiras

Pesquisas da UFOB avançam no combate à mpox e febre oropouche

UFOB lidera estudos contra mpox e oropouche, fortalecendo vigilância virológica no Oeste da Bahia

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Combate à mpox e febre oropouche

Elmo José dos Santos, mestrando da UFOB, monitora células no isolamento de arbovírus usando microscópio especial  | Foto: Divulgação

Notícias de Barreiras BA: A Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB) está à frente das pesquisas no combate à mpox e febre oropouche, duas doenças que estão se tornando preocupações crescentes no Brasil e em outras regiões. A equipe de virologistas do Instituto de Virologia do Oeste da Bahia (IVOB), coordenada pelo professor Jaime Henrique Amorim, desempenha um papel crucial na identificação e controle desses vírus.

Virologia na UFOB: Um Pilar de Combate às Arboviroses

Com um surto em andamento na República Democrática do Congo, a doença mpox, anteriormente conhecida como varíola dos macacos, voltou a ser uma preocupação internacional. A versão atual do vírus é significativamente mais letal, levando a Organização Mundial da Saúde (OMS) a reavaliar sua classificação como emergência de saúde pública. O IVOB tem se preparado para estudar e combater essa nova ameaça.

Combate à mpox e febre oropouche

Milena Silva Souza, doutoranda da UFOB, manipula amostras no ultrafreezer, onde são guardadas amostras estudadas pelo IVOB em Barreiras | Foto: Divulgação

Além da mpox, a febre oropouche, uma doença antes restrita à Amazônia, está em ascensão no Brasil, com um aumento alarmante de quase 800% nos casos em comparação a 2023. A Bahia, em particular, tem registrado um número crescente de casos, incluindo casos fatais e de má-formação fetal.

Tecnologia de Ponta no Diagnóstico de Doenças Virais

O IVOB utiliza a técnica avançada de RT-qPCR para a detecção do material genético dos vírus, permitindo diagnósticos rápidos e precisos. Essa tecnologia, disponível em poucos municípios do Brasil, garante a confirmação laboratorial de todos os casos suspeitos, sem a necessidade de exames complementares. O laboratório também é capaz de realizar o isolamento de arbovírus, como o vírus oropouche, utilizando células de mosquito Aedes spp., o que amplifica a sensibilidade das técnicas de diagnóstico.

Estudos Sobre a Mpox e a População Idosa

Combate à mpox e febre oropouche

Naiara da Silva, mestranda da UFOB, manipula amostras em botijão de nitrogênio líquido, com ultrafreezer do IVOB ao lado | Fotos:

Divulgação

Recentemente, o IVOB descobriu que a população idosa apresenta uma maior capacidade de proteção imunológica contra a mpox, possivelmente devido à exposição ao vírus da varíola humana ou à vacinação até a década de 1970. Esse estudo está em análise para publicação em uma revista científica internacional.

Apoio à Pesquisa e Formação de Novos Especialistas

Combate à mpox e febre oropouche

Amanda Santos, estudante de química da UFOB, manipula amostras em cabine de biossegurança nível 2, garantindo segurança no manejo de vírus | Foto: Divulgação

O trabalho do IVOB é sustentado por um tripé que inclui ensino, pesquisa e extensão, com financiamento de instituições como CNPq, FINEP, MCTI, CAPES, FAPESB, FAPESP e a própria UFOB. A formação de recursos humanos altamente qualificados e a produção de conhecimento são essenciais para o enfrentamento de novas ameaças virais no país.

Combate à mpox e febre oropouche

Elmo José dos Santos, mestrando da UFOB, monitora células usadas no isolamento de arbovírus com microscópio especial, fortalecendo pesquisas | Foto: Divulgação

O trabalho da UFOB, especialmente através do IVOB, continua a ser fundamental na luta contra essas doenças, posicionando a instituição como um centro de excelência em virologia no Brasil.

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