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Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL) demite trabalhadores em Massa
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Ascom Sintepav/BA
Falta de medidas do governo causa a demissão de milhares de trabalhadores
O Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada e Montagem Industrial do Estado da Bahia (Sintepav BA) lamenta as demissões em massa que ocorrem na Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL). O Presidente do Sintepav BA e Deputado Federal, Bebeto Galvão (PSB-BA), preocupado com a crise na ferrovia, reuniu-se em Brasília no último dia 11 de março, com a direção da Valec Engenharia Construções e Ferrovias para cobrar agilidade no andamento das obras que apresentam problemas, expressando ainda preocupações com as demissões que afetam os trabalhadores. A Valec reconheceu dificuldades, mas com a crença de superá-los.
Na segunda-feira, 16, diante de sua face mais cruel, o desemprego, o sindicato foi notificado da intensidade da crise em todos os lotes da FIOL, estampado da seguinte forma:
Todos os lotes sofrem um processo de insegurança e passam por problemas que podem gerar a demissão total dos 5.868 trabalhadores da FIOL, devido aos atrasos nos repasses da Valec e à falta de responsabilidade dos governos Federal e Estadual com as obras, tidas como a joia do PAC, o que sacrificará mais uma vez a Bahia. As empresas informam que estão em desequilíbrio econômico-financeiro, pois a Valec não realiza os pagamentos, e o governo não adota medidas necessárias para a superação da crise. Milhares de trabalhadores poderão ser demitidos, e o cenário indica que muitos não terão a possibilidade de receber, inclusive as parcelas rescisórias. A gravidade do problema se expressa nas condições seguintes:
O Lote 1, localizado em Ipiaú, que tem como contratante o Consórcio Trail – Pavotec, já informou que caso não receba os recursos necessários, também demitirá todos os 1.371 trabalhadores da obra.
O Lote 2, localizado na cidade de Ipiaú, que tem como contratante a Galvão Engenharia, já anunciou as demissões em massa. Entre ontem (16) e hoje (17) já ocorre o desligamento de 700 trabalhadores, dos 848 existentes no Lote. A empresa, que tem entre as subcontratadas, Abrende Engenharia, Arcoenge, Labormix Comércio, Proerg Projetos, Progeo Engenharia e a Setargo, pontuou encontrar-se em dificuldades, devido à falta de fluxo financeiro em razão de não receber os repasses da Valec.
O Lote 3, localizado na cidade de Brumado, que tem o Consórcio TORC – IVAI – CAVAN como contratante, e as subcontratadas Arcoenge, Paineira Engenharia, R&D Rocha e Somaval também poderá demitir seus 287 trabalhadores. O Lote 4, localizado na cidade de Brumado, que tem como contratante o Consórcio Andrade Gutierrez e como subcontratadas as empresas 3 Marias Transportadora, Alga Brasil, Agromáquinas Empreendimentos, Allan Batista & Cia, Antonio Marcos, ARP Construções, Brick Engenharia, CVVT Construções, Carvalho & Aquino, Catarino Manutenção, Comércio e Transporte Costa Santos, Construtora Andrade Guitierrez, Construtora LR Rocha, Diolene Amorim, E W Locação, El Serviços, Erlan e Castro, Estevão Meireles Azevedo Transportes, Faria Junior Empreendimentos, Fix Construções e Serviços, LL Peso Bruto Transportes, Marcsan Transportes, Mario Sandro Lobo e Silva Transportes, Martini Rental Mix, Mazza Transportes, Mil SN Locação, Multi Rental Locações, PSL da Silva, R&D Rocha Mineração, Roberilson Nunes Araújo, Santa Rita Manutenções, Tiago Lobbo Selis, Transessias Ltda, Verde Flora, Viação Caratino, Volcan e Wilson & Isa, também pode realizar a demissão dos seus 1.164 trabalhadores.
O Lote 5A, localizado em Guanambi, e que tem como contratante o Consórcio Pavotec e como subcotratadas as empresas Biel Máquinas, Conservadora Gonçalves, Construtora Campo Alegre, Cotrimax, Drilling do Brasil, LMR Construções e Serviços, JP Construções, MFM Pereira Filho, Maria Dolores e Tec Terraplanagem, chegou a um estado tão extremo, que encontra-se com as atividades paralisadas desde o último dia 9 de março, devido à falta de pagamento dos trabalhadores.
E o Lote 5B, localizado em Barreiras e que tem como contratante o Consórcio Loctec, poderá demitir seus 44 trabalhadores.
O Lote 6, localizado na cidade de Barreiras, que tem como contratante a Constran, já comunicou aos seus 177 trabalhadores para permanecerem em casa, e a qualquer momento também pode realizar a demissão de todo o seu quadro.
O Lote 7, localizado em Barreiras, composto pelo Consórcio Oeste Leste Barreiras também poderá demitir seus 319 trabalhadores. O Sintepav BA não ficará inerte diante do desemprego que gera desalento a milhares de famílias, e organizará um ato para trazer toda a categoria para a porta do Governo do Estado.
Este fato exige uma resposta dos diversos níveis governamentais. No entendimento do sindicato, todas as demais empresas irão seguir este processo, o que poderá resultar no adiamento do sonho da região em ter um instrumento para o desenvolvimento econômico, e a não execução da obra compromete, inclusive, a construção do terminal Porto Sul de Ilhéus, pois não existe porto sem ferrovia, já que a FIOL seria o modal de integração com o Porto Sul. Essa atividade é fundamental para a Bahia, e a não conclusão causará um prejuízo maior para a sociedade, porque o investimento no modal é fundamental para a população.
É preciso reação e unidade da Bahia e dos baianos, exigindo dos governos Federal e Estadual soluções imediatas. O Sintepav-Bahia lamenta as demissões dos trabalhadores, o que poderá aprofundar o quadro de pobreza da região. E do estado.
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