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EBDA promove mutirão para cadastramento de famílias quilombolas em Campo Formoso

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em

Josalto Alves | EBDA/Assimp

Luciene Costa - Quilombola

Luciene Costa – Quilombola

A Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), por meio da Gerência Regional de Senhor do Bonfim, promove, até o dia 15 de agosto, o cadastramento de mais de 900 famílias quilombolas do município de Campo Formoso, que serão beneficiadas no Programa de Fomento às Atividades Produtivas Rurais, uma das ações do Plano Brasil sem Miséria.

Criado em 2011, o Brasil Sem Miséria é direcionado às famílias em situação de extrema pobreza, com renda mensal de R$ 70. Na Bahia, mais de cinco mil famílias dos territórios de Irecê, Velho Chico e Piemonte Norte de Itapicuru são beneficiadas por projetos de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), promovidos pela EBDA, principal órgão executor do plano no estado.

Em Campo Formoso são 2.640 famílias de quilombolas, distribuídas em 26 comunidades. Dessas, 1.700 já foram contempladas com o benefício do Brasil Sem Miséria, oriundo dos projetos produtivos pela EBDA. “Respeitando as tradições e culturas desse povo, buscamos atender às suas vocações na perspectiva de produção agrícola e não agrícola, da sua unidade familiar”, afirma Ailton Almeida, gerente regional de Senhor do Bonfim.

De acordo com Aillton Almeida, o trabalho de mobilização com os agricultores familiares quilombolas iniciou há mais de uma semana. “A perspectiva é boa, em função do acolhimento destas pessoas que já têm exemplos positivos nos seus vizinhos”, explica Almeida.

Inclusão social
Luciane Costa Araújo, moradora da comunidade de Bebedouro, foi beneficiada com projeto de fomento produtivo e investiu o recurso na produção de cebola e pimentão. “O benefício melhorou minha produtividade e é um ponto de partida na minha plantação. Hoje, não dependo das outras pessoas e invisto o que recebo na produção em outras áreas”, declarou Araújo, acrescentando que a última parcela do benefício vai ajudar no plantio de cebola.

“Bebedouro está mudando. Antes, a gente trabalhava nas fazendas dos outros, e com a seca, nem esse trabalho tínhamos mais. Hoje, nós cultivamos a terra e colhemos o fruto do nosso trabalho”, comemora o agricultor José dos Santos, outro beneficiado do Brasil Sem Miséria em Bebedouro.