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Consumo de carne de jumento vira polêmica no Rio Grande do Norte

Publicado

em

Correio da Bahia

Estado sofre com excesso dos animais abandonados nas estradas

Estado tem muitos jumentos abandonados em estradas | Foto: Reprodução

Estado tem muitos jumentos abandonados em estradas | Foto: Reprodução

O excesso de jumentos nas estradas do Rio Grande do Norte levou a uma discussão na terça-feira (01) na Câmara do Rio Grande do Norte – a sugestão é que os animais sejam abatidos e a carne consumida, incluída no cardápio dos presídios e das escolas do estado. O ativista Kleber Jacinto, da ONG-DNA, já organiza um abaixo-assinado contra a ideia. As informações são de O Globo.

Segundo estimativas da Polícia Rodoviária Federal (PRF), 1.357 animais de grande porte foram apreendidos abandonados nas estradas do estado em 2012.

O promotor de justiça Sílvio Brito fez em março deste ano dois almoços com vários pratos com carne de jumento, buscando, segundo ele, quebrar a barreira cultural em relação ao consumo do alimento.

“Não existe nenhuma barreira legal que proíba o consumo de carne de jumento, o que existe é uma barreira cultural. Temos um animal que é considerado uma praga, que está completamente abandonado. O que queremos é devolver uma finalidade a ele, mostrando para as pessoas que não existe nenhum impedimento sanitário para o consumo”, defende Sílvio.

Mas, apesar de defender o abate, ele diz que a ideia de utilizar a carnes para o serviço público já não é mais considerada por ele. “Essa questão de incluir nos sistemas públicos foi uma das possibilidades pensadas anteriormente, mas hoje é totalmente descartada. Se a carne de jumento viesse a ser inserida no mercado, teria um valor muito alto, economicamente inviável para estas instituições públicas”, diz.

O projeto recebeu críticas de ambientalistas e outras instituições. A presidente da Comissão de Direito Ambiental da OAB-RN, Marise Costa, diz que os animais poderiam ser usados na prática de terapia ocupacional com crianças e adultos que sofrem com problemas motores.

“A princípio somos contra a forma como está sendo feita o abate, que é muito cruel e constitui crime ambiental. Achamos importante promover um amplo debate sobre o assunto, já que uma cadeia produtiva deste tipo pode levar à extinção desta espécie de jumento nordestino, que tem um valor econômico e cultural para a população”, diz Marise.

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