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A medicina esportiva ajuda no tratamento contra as drogas
Mônica Belini
Além de melhorar o condicionamento físico e aumentar a autoestima, a atividade física faz o corpo liberar a endorfina, hormônio responsável pela sensação de prazer e que, ao mesmo tempo, diminui a ansiedade e irritabilidade, sensações frequentes na luta para se livrar do vício
A medicina esportiva é uma grande aliada para complementar e potencializar o tratamento no combate à dependência química. “A prática de exercícios aumenta o condicionamento físico, melhora a autoestima e altera os hormônios do sistema nervoso central. Um deles é a endorfina, responsável pela sensação de prazer e que também diminui a ansiedade e irritabilidade, sensações frequentes na luta para se livrar do vício”, comenta Dra. Karina Hatano, médica do exercício e do esporte.
Mas os benefícios dos esportes não param por aí. Representam uma forma de ocupação e integração. Isso porque as pessoas se mantêm ativas e podem até fazer novas amizades, dependendo da modalidade. “Tal contato e troca de experiências serve como motivação para quem precisa enfrentar e superar esse grande desafio’, complementa a especialista.
Toda e qualquer atividade física alivia o estresse e proporciona a sensação de bem-estar. Uma corrida de 30 minutos, por exemplo, melhora o humor, o entusiasmo, a energia e o engajamento nas atividades do dia a dia. Mas antes de sair por aí, praticando qualquer exercício é importante o dependente químico passar por uma avaliação de um médico do esporte. Ele fará os exames clínicos e laboratoriais e mediante os resultados dará as indicações de exercícios e de alimentação. O acompanhamento periódico, inclusive, é imprescindível para mensurar os progressos.
Dados sobre a dependência química
Uma pesquisa feita entre os anos de 2012 e 2013, pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), divulgou dados sobre o uso de maconha, cocaína e seus derivados e também bebidas alcoólicas no Brasil. Com os resultados, os pesquisadores estimam que 5,7% dos brasileiros sejam dependentes, o que representa mais de 8 milhões de pessoas.
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