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Transexual ‘crucificada’ em Parada Gay é esfaqueada em SP: “Disse que não sou de Deus”

Publicado

em

Correio24h

Viviany explicou que estava caminhando usando fones de ouvido quando dois rapazes começaram a insultaram e agrediram

Foto: Reprodução Youtube

Foto: Reprodução Youtube

A modelo transexual Viviany Beleboni, que ficou conhecida por encenar a própria crucificação durante a Parada LGBT de São Paulo em junho deste ano, postou um vídeo nas redes sociais na qual diz ter sido esfaqueada a caminho de casa.

Chorando, ela conta que o ataque aconteceu após ser reconhecida. “Estava passando na rua aqui perto de casa e a pessoa me conheceu. Ele estava com uma faca, esses marginalzinho, mendigo de rua, disse que não sou de Deus, que sou um demônio e o que eu fiz, eu teria que pagar”, denunciou.

Em entrevista ao Ego, Viviany explicou que estava caminhando usando fones de ouvido quando dois rapazes começaram a gritar insultos. Ela tirou o fone porque não estava ouvindo direito e seguiu reto, mas os dois avançaram com uma faca ou gilete e tentaram cortar a barriga da modelo. “seguraram para tentar cortar a minha barriga, só que não conseguiram, cortaram meu braço. Eu fiquei me abaixando pra me esquivar dos socos, mas mesmo assim estou com o rosto todo machucado”, contou.

No vídeo, Viviany ainda mostra o rosto machucado e um corte no braço. “Você pode ver que estou com meu olho inchado. O meu rosto foi cortado. Acabei de secar porque estava saindo sangue. Meu nariz está todo inchado e ensanguentado”, descreve, ao apontar os ferimentos.

Assista ao vídeo na íntegra:

Viviany disse que lutou com o agressor e, por isso, conseguiu se salvar. “Sorte é que tenho 1.80m. Sou homem suficiente e conseguir apartar isso. Ele saiu correndo”, diz. A modelo ainda deu a entender que não pretende registrar o caso na delegacia. “Pra quê? Para eles te tratarem que nem um homem lá, para te chamarem que nem um homem e rirem da sua cara e não dar em porra nenhuma. Eu não vou. Sabe o que vou fazer? Vou ficar trancada dentro da minha casa”, fala chorando.

A encenação da crucificação foi uma forma de protestar contra a transfobia e, de acordo com Viviany, um ato de amor.””Meu ato foi de amor. Foi para alertar sobre pessoas que nem eu, que estão sangrando”, disse.

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