Barreiras
Virologistas da UFOB atuam contra dengue e arboviroses
Virologistas da UFOB, em Barreiras, lideram estudos sobre vacinação contra dengue e o combate a arboviroses no país
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Mayanna, Jaime e Elmo, virologistas da UFOB, unem forças no IVOB contra arboviroses, liderando com inovação na ciência brasileira. | Foto: Divulgação
Segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil viu um aumento alarmante nos casos de dengue no início de 2024, registrando mais que o triplo de ocorrências em comparação com o mesmo período do ano anterior. Com mais de 500 mil casos prováveis da doença, o país enfrenta uma situação crítica, com mais de 80 óbitos confirmados e aproximadamente 300 mortes ainda sob investigação para determinar a conexão com a dengue. Na Bahia, a situação é particularmente grave, com 13 municípios em estado de epidemia e vários outros em alerta. Além disso, quatro municípios estão classificados como de risco elevado pelo Sistema de Notificação de Agravos e Notificações (Sinan). Nesse contexto, os Virologistas da UFOB estão intensificando seus esforços para entender a dinâmica da doença e implementar estratégias eficazes de combate. Até o momento, a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (SASAB) reportou mais de 4 mil casos de dengue somente na região, destacando a urgência da contribuição desses especialistas no enfrentamento da crise.
De acordo com informações divulgadas pelo Ministério da Saúde, o Brasil está a caminho de atingir um alarmante total de mais de 4 milhões de casos de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti em 2024. Além disso, o país já contabiliza mais de 15 mil casos de chikungunya e ultrapassa a centena de casos de zika, ambas doenças virais partilhando o mesmo vetor de transmissão que a dengue. A situação alarmante chamou a atenção da Organização Mundial de Saúde (OMS), que emitiu um alerta sobre os números crescentes no Brasil, enquadrando-os no contexto de uma epidemia global. Este aumento nas infecções está intrinsecamente ligado ao aquecimento global, que proporciona um ambiente mais propício para a proliferação do Aedes aegypti, intensificando a disseminação dessas doenças.
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No oeste da Bahia, os casos de dengue e outras arboviroses estão em ascensão, colocando em destaque a atuação dos Virologistas da UFOB no combate a essas enfermidades. Em Barreiras, uma equipe de virologistas da Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB) tem sido fundamental na luta contra essas doenças. O Instituto de Virologia do Oeste da Bahia (IVOB), uma unidade especializada da UFOB liderada pelo professor Jaime Henrique Amorim, destacou-se pela oferta de testes moleculares para o diagnóstico laboratorial da COVID-19, beneficiando mais de 40 municípios da região de 2020 a 2023. Com capacidade para realizar uma ampla gama de testes especializados na detecção de diversos vírus, incluindo vírus respiratórios, HIV, monkeypox e arbovírus, o IVOB tem sido essencial na redução de desigualdades regionais importantes. Antes, exames especiais como o isolamento e cultivo de vírus eram exclusivos do Laboratório Central de Saúde Pública do Estado da Bahia (LACEN) em Salvador, quase 900 km de distância. A presença do IVOB tem mitigado significativamente os desafios associados ao transporte de amostras clínicas e à demora na obtenção de resultados e laudos técnicos, beneficiando assim os moradores de Barreiras e região.
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Desde o começo de 2023, o Instituto de Virologia do Oeste da Bahia (IVOB) tem se dedicado a um projeto de vigilância das arboviroses em Barreiras, colaborando estreitamente com a Secretaria Municipal de Saúde. Esse esforço conjunto permite a rápida comunicação de dados para as autoridades de saúde. Mayanna Fogaça, uma destacada virologista, estudante de doutorado na UFOB e biomédica da equipe do IVOB, compartilha insights sobre o trabalho: “Utilizamos a RT-qPCR para os testes, uma metodologia de ponta que identifica o DNA viral com grande precisão e sensibilidade. Isso nos dá a confiança de que nossos diagnósticos são extremamente confiáveis. Destaco que a disponibilidade dessa tecnologia é limitada a muito poucos municípios no país. Seu emprego facilita significativamente o monitoramento epidemiológico das doenças”. Jaime Henrique Amorim, o coordenador do IVOB e renomado virologista, enfatiza a eficácia do método: “A detecção do vírus acontece diretamente na amostra do paciente sintomático. Não é necessário esperar o fim dos sintomas nem recorrer a testes adicionais para confirmar o diagnóstico. A RT-qPCR nos dá uma resposta conclusiva”. Assim, todos os casos suspeitos são definitivamente esclarecidos, eliminando a categoria de casos prováveis graças à confirmação laboratorial.
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Na abordagem laboratorial das arboviroses, a busca prioritária incide sobre dengue, zika e chikungunya, que são as mais comuns no Brasil. No entanto, Milena Silva Souza, uma virologista, doutoranda e biomédica do Instituto de Virologia do Oeste da Bahia (IVOB), destaca a capacidade de investigar uma gama mais ampla de arbovírus além desses três principais. O IVOB não só presta serviços diagnósticos, mas também se dedica à pesquisa científica de padrão internacional. Assim, se um número significativo de casos suspeitos não for confirmado pelos exames padrão, pode-se iniciar uma análise laboratorial mais aprofundada para detectar a presença de outros arbovírus nas amostras, incluindo o vírus da febre amarela, o vírus do oeste do Nilo e o vírus Mayaro. Essa investigação se estende ao isolamento viral e à propagação em culturas de células, além do sequenciamento genético avançado usando tecnologia de nanoporo. Os dados obtidos impulsionam o avanço científico, contribuindo para o desenvolvimento de novos medicamentos e vacinas e auxiliando na elaboração de políticas públicas mais eficazes no controle dessas enfermidades.
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As iniciativas dos Virologistas da UFOB no Instituto de Virologia do Oeste da Bahia (IVOB) são emblemáticas do modelo universitário que combina ensino, pesquisa e extensão. A colaboração com entidades fora da universidade e o compartilhamento de conhecimento exemplificam a extensão. Por outro lado, a condução de pesquisas que envolvem coleta e análise de amostras, assim como a publicação em periódicos científicos de prestígio, evidenciam o compromisso com a pesquisa. A formação de profissionais altamente qualificados reflete o pilar do ensino. Dentro desse escopo, o IVOB acolhe alunos de graduação e pós-graduação, tanto da UFOB quanto de outras instituições, para realizar pesquisas em virologia. Um dos projetos em destaque visa analisar o impacto da vacinação com QDenga na comunidade de Barreiras. Elmo José dos Santos, farmacêutico e novo aluno de mestrado do Programa Multicêntrico de Pós-graduação em Bioquímica e Biologia Molecular da UFOB, investigará a resposta imune proporcionada pela vacinação contra a dengue, usando amostras biológicas da população vacinada. “Avaliar a imunidade induzida pela vacina é crucial. Com isso, podemos enriquecer as informações obtidas nos estudos clínicos realizados pelo fabricante, especialmente no que se refere à resposta imune a diferentes sorotipos virais e à imunidade mediada por linfócitos”, destaca Elmo.
O professor Jaime Henrique Amorim, com livre-docência em virologia pela Universidade de São Paulo e membro ativo da Sociedade Brasileira de Virologia, é reconhecido como um dos principais especialistas em virologia na região e no Brasil. Ele ressalta o impacto das pesquisas realizadas pelo IVOB, que, ao serem divulgadas em prestigiados periódicos científicos internacionais, contribuíram significativamente para orientar as políticas de vacinação contra a COVID-19 no país. “O IVOB representa um pilar fundamental para a saúde pública e a sociedade”, afirma o professor, que também esteve à frente de importantes estudos sobre a detecção de novas variantes do coronavírus, como a Gamma e a Omicron, no oeste da Bahia, por meio de sequenciamento genético avançado. “Atualmente, o IVOB está intensificando o foco no monitoramento das arboviroses e na análise da imunidade da população local a esses vírus, tanto pela vacinação quanto por exposição natural. Nosso objetivo é aprimorar a preparação para enfrentar futuros surtos e epidemias. Contudo, permanecemos vigilantes a todos os vírus que representem risco à saúde pública”, finaliza o professor.
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O Instituto de Virologia do Oeste da Bahia (IVOB) recebe apoio financeiro de diversas instituições renomadas, incluindo o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB), a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e a própria Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB). Esses recursos são destinados a financiar projetos de pesquisa e a conceder bolsas para programas de iniciação científica, mestrado, doutorado e pós-doutorado, garantindo o avanço das investigações virológicas realizadas pelo instituto.
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