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20 de novembro, Dia da Consciência Negra
Por: Cristiano Pereira*
“Esperamos que outros personagens históricos de origem africana sejam valorizados por nosso povo”
Trabalhar contra a discriminação racial no Brasil é uma tarefa árdua que exige a colaboração de forma transversal de um conjunto de instituições de governo e da sociedade civil organizada para desconstruir o processo de formação e desenvolvimento social, político e econômico do povo brasileiro, contraditoriamente, marcado pela negação e alienação da presença e contribuição de homens e mulheres negras.
O Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, data que institui um significativo capítulo de nossa história, torna Zumbi dos Palmares um herói nacional vinculado diretamente à resistência do povo negro. Essa data serve como um momento de conscientização e reflexão sobre a importância da cultura e do povo africano na formação da cultura brasileir a. Os negros africanos colaboraram muito, durante nossa história, nos aspectos políticos, sociais, gastronômicos e religiosos de nosso país.
É um dia que devemos comemorar, pois temos a valorização de um líder negro em nossa história e, esperamos que em breve outros personagens históricos de origem africana sejam valorizados por nosso povo e nossa história. Passos importantes estão sendo tomados, pois nas escolas brasileiras já é obrigatória (Lei 10.639/2013) a inclusão de disciplinas e conteúdos que abordam a história da África e a cultura afro-brasileira.
A inclusão de assuntos ligados à África e ao povo negro na educação formal é uma das estratégias para reconhecer a presença do negro na história do Brasil. Em Fortaleza, os negros correspondem a 61,8% (considerando os pretos e pardos), segundo o IBGE.
Precisamos buscar referências, pesquisar, demandar, estudar, perceber o nosso entorno, ir além dos livros didáticos, observar e ouvir a expressão da vida e da cultura nas várias formas em que ela se apresenta em nosso meio. Mas esse é um direito que, para ser respeitado, não basta a presença física de seus descendentes. É preciso ter consciência negra, que significa compreender que não se trata de passar da posição de explorados a exploradores e sim lutar, junto com os demais oprimidos, para fundar uma sociedade igualitária onde todos tenhamos, na prática, iguais direitos e iguais deveres.
Ideias e práticas prepotentes de racismo que ainda permeiam a mente e corações de alguns certamente estão sendo abaladas e eliminadas e as mudanças de atitudes sendo concretizadas graças à luta do movimento negro.
* Titular da Coordenadoria de Políticas Públicas de Promoção de Igualdade Racial
da Secretaria de Cidadania e Direitos Humanos da Prefeitura de Fortaleza
Fonte: http://www.opovo.com.br
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