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Filmes e Séries

Gavião Arqueiro – conheça a HQ que serviu de inspiração para sua série no streaming

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Acaba de estrear no Disney+ a série do Gavião Arqueiro, trazendo um dos personagens ainda existentes da formação original dos Vingadores no MCU, e que deverá ser aposentado pela Marvel para que passe o seu bastão, ou melhor dizendo arco, para Kate Bishop, que deve ser a nova arqueira nas próximas fases do universo cinematográfico da Marvel.

Então, já que é pra ser uma despedida, nada melhor do que adaptar uma série limitada dos quadrinhos que fez tanto sucesso na época do seu lançamento, em 2012, que chegou a figurar entre as mais vendidas do The New York Times naquele ano.

Intitulada Gavião Arqueiro, ela teve 22 edições lançadas e uma nova narrativa gráfica que serviu para explorar melhor o limite da arte sequencial, fazendo parte da iniciativa da editora, chamada Marvel Now!, onde os quadrinhos exploram melhor o lado humano dos seus heróis que faziam sucesso nos cinemas.

E foi por conta desse sucesso que o escritor Matt Fraction levou a Marvel a ideia de contar o que diabos o Gavião Arqueiro fazia em suas “horas vagas”, quando não estava junto aos Vingadores. Vamos agora contar mais sobre essa série dos quadrinhos.

Um vilão que se torna herói de rua

Antes dessa HQ o Gavião Arqueiro possuía uma história irregular, como em sua estreia nos quadrinhos, onde ele foi apresentado como um criminoso que se torna um Vingador, usando do seu uniforme “cafona” e humor “peculiar” para se tornar um personagem de certo sucesso.

Mas depois dessa aparição ele começou a ter algumas histórias de altos e baixos para o seu personagem, como a sua passagem pelos Vingadores Secretos na década de 2000 e na Terra paralela Ultimate, com Os Supremos, que acabou por influenciar a sua adaptação aos cinemas.

Mesmo assim ele continuava não sendo um dos heróis favoritos dos leitores, até que surgiu aquela ideia de Fraction mostrar a história do herói fora do grupo de super heróis. Na série limitada dos quadrinhos acompanhamos um Arqueiro que lida mais com gangue de rua, mistério sobre assassinato e briga noturna entre os telhados de NY, tudo isso contando com diálogos inteligentes, ironia e a habilidade de sair vencedor de suas batalhas mesmo sem ter super poderes, o que deixa tudo muito mais divertido.

Toda a sua narrativa foca em cada personagem, que recebe uma motivação verossímil, fazendo com que o leitor possa ler e se identificar com alguma situação ou personagem, ainda mais quando acompanhamos cada derrota pessoal de Barton ou o entusiasmo e vigor da Kate Bishop, sua aprendiz.

Além disso a narrativa da história conta com uma “troca de perspectiva”, onde em algumas edições você acompanha Barton e seus pensamentos, em outras você enxerga os acontecimentos por parte da Bishop, e o mais legal é que em uma das edições você observa e ouve o mundo pela perspectiva do Pizza Dog.

Belíssima arte e criatividade na narração

Toda a identidade visual aplicada a essa série de HQs ajudou e muito ao sucesso com o público. Desde a escolha do design e cores fizeram com que as capas e o grafismo dessas revistas fossem reconhecidas como “marcas da franquia” para o Gavião Arqueiro, dando um ar de produção independente no meio de tanta propriedade de peso da editora no mercado.

Uma grande sacada utilizada pela dupla Fraction e Aja nesses quadrinhos foi apresentar Barton perdendo parte da audição, fato que permitiu a exploração da linguagem de sinais nas HQs, intercalando ação com movimento expressivo, seja ele corporal ou facial.

Esse tipo de “pausa” na sequência de luta foi importante para nos apresentar detalhes da própria atividade com o sentimento do personagem. Esse “picotar” dos quadros, que lembra muito o estilo indie de quadrinhos, ajuda a mostrar melhor algumas situações, como por exemplo quando o Gavião Arqueiro resolve alguma situação, a sua emoção e também a forma inventiva de comunicação dele com a Kate Bishop para derrotar os bandidos.

E, mesmo com todas essas sequências marcantes, essas histórias ainda reservavam espaço para homenagear a cultura pop. Em uma edição por exemplo, os heróis Gavião Arqueiro, Homem-Aranha e Wolverine são apresentados lutando de uma maneira “mais heróica” como se estivéssemos acompanhando o combate em uma tela de fliperama dos anos 1990.

Após todas as 22 edições dessa série de HQs, o personagem ainda ganhou outras histórias com uma pegada até parecida, mas nenhuma delas teve o peso e importância para a renovação do Gavião Arqueiro, e porque não da Marvel Comics, como esse título de 2012.

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