Plano Nacional de Vacinação contra a COVID-19: Conheça a estratégia que será utilizada pelo Governo

Durante cerimônia realizada nesta quarta-feira (16) no Palácio do Planalto, em Brasília, integrantes do Governo Federal apresentaram o Plano Nacional de Vacinação contra a COVID-19. No evento estavam presentes o Presidente Jair Bolsonaro, o ministro da saúde, Eduardo Pazzuelo, além outros ministros e governadores de Estado.

A primeira versão do plano foi apresentada no sábado, obedecendo uma determinação do Supremo Tribunal Federal, que pediu a previsão de início e término do cronograma de vacinação no país. Na cerimônia desta quarta-feira, foi apresentado a versão final desse Plano Nacional de Vacinação contra a COVID-19.

Confira abaixo os destaques da estratégia traçada pelo Governo.

Quando começa a vacinação?

Apesar do requerimento do STF, o governo não forneceu nenhuma data para o início da vacinação no Plano Nacional de Vacinação contra a COVID-19, apenas disse que a vacinação dos grupos prioritários ocorrerá nos seis primeiros meses de 2021. A definição da data depende da aprovação de vacinas pela Anvisa.

Quais são os grupos prioritários?

As pessoas que se enquadram nos grupos abaixo terão prioridade para receber a vacina contra a COVID-19.

• Profissionais da Saúde;
• Pessoas com mais de 60 anos;
• Integrantes de comunidades indígenas;
• Pessoas com comorbidades;
• Professores do nível básico ao superior;
• Profissionais de forças de segurança e salvamento;
• Funcionários do sistema prisional;
• Integrantes de comunidades tradicionais ribeirinhas;
• Quilombolas;
• Trabalhadores do transporte coletivo;
• Pessoas em situação de rua;
• População privada de liberdade.

Quais serão as etapas da vacinação?

De acordo com o Plano Nacional de Vacinação contra a COVID-19, a princípio, será realizado a vacinação de 49,6 milhões de pessoas em 3 etapas. A população em geral deve ser imunizada em até 12 meses.

Na primeira fase serão vacinados os profissionais de saúde; idosos com 75 anos ou mais; pessoas com 60 anos ou mais e que residam em alguma instituição para idosos indígenas que vivem em aldeias localizadas em áreas demarcadas de terra; bem como moradores de comunidades tradicionais ribeirinhas.

Já na segunda fase, será a vez de vacinar as pessoas na faixa etária entre 60 e 74 anos. Por fim, na terceira fase serão vacinadas as pessoas com determinados tipos de comorbidades.

É importante notar que nem todos os grupos citados como prioritários anteriormente serão contempladas nesse primeiro momento. O governo informou que a inclusão de novos grupos depende da aprovação e disponibilidade das vacinas.

Quantas vacinas haverá em 2021?

O Brasil deve contar com 350 milhões de doses de vacina contra COVID-19 em 2021.

Desse total, mais de 200 milhões de doses são da vacina produzida pela Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica Astrazeneca; e 42 milhões serão adquiridas a partir do Instrumento de Acesso Global de Vacinas COVID-19 (Covax Facility).

Além disso, 60 milhões de doses devem ser adquiridas da farmacêutica Janssen-Cilag (braço da Johnson & Johnson) e 70 milhões de doses são do imunizante produzido pela farmacêutica Pfizer em parceria com a BioNTech.

Porém, o governo ainda não assinou nenhum contrato para a aquisição dessas duas últimas vacinas. Isso acontece porque, apesar da apresentação do Plano Nacional de Vacinação contra a COVID-19, o governo apresentou apenas um memorando de intenção de compra do imunizante a várias empresas, como a Pfizer/BioNTech, a Janssen e ao Instituto Butantan.

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