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Metodologia Ativa x Instrução Direta: Qual o método mais eficiente?

Com a instrução direta, os alunos aprendem mais e com rapidez, aponta uma pesquisa publicada na mais conceituada revista acadêmica de Educação do mundo, a Review of Educational Research…

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Educação Direta

Imagem ilustrativa | Foto: Freepik

Nas últimas décadas vimos a ascensão das teorias construtivistas, da abordagem desenvolvimentista e de teorias de estilos de aprendizagem no meio educacional mundial. Muito se tem debatido a respeito das metodologias de aprendizagem mais eficientes para o contexto atual como forma de garantir que os alunos tenham melhor rendimento diante dos grandes desafios da atualidade.

Atualmente, as metodologias ativas têm ocupado lugar de destaque na área educacional. A evolução tecnológica que já vinha acarretando no aumento das adesões ao ensino remoto, foi ainda mais acelerada após o início da pandemia, e o crescimento do desenvolvimento das práticas de metodologias ativas de aprendizagem acompanharam esse movimento.

No meio de todas estas inovações na Educação, estão os professores e os alunos, que têm seus papéis cada vez mais modificados no processo de ensino e aprendizado. O fato é que, devido a essas inúmeras mudanças que vêm ocorrendo, é cada vez mais importante ampliarmos o debate acerca das transformações da Educação.

Por um lado, as metodologias ativas de aprendizagem propõem uma mudança de paradigma em relação ao ensino tradicional. Neste formato mais moderno, o aluno passa a ter um papel de protagonista na construção do seu próprio aprendizado, deixando o papel de mero receptor de informações e conhecimentos passados de forma verticalizada somente por um professor.

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Foto: Freepik

Por outro lado, uma pesquisa publicada em 28/07/2019 na mais conceituada revista acadêmica de Educação do mundo, a Review of Educational Research, primeira no ranking de impacto do Scimago Journal Ranking, indicador internacional utilizado para medir a qualidade de estudos científicos apontam que a instrução direta é o melhor método de ensino.

A partir de um levantamento feito com resultados de 328 estudos publicados em 50 anos, entre 1966 e 2016, sobre diferentes métodos para ensinar, focando em 4 mil efeitos, quatro pesquisadores da Universidade de Oregon chegaram à conclusão que a “instrução direta”, que parte do princípio que todos os alunos podem aprender, desde que recebam instruções bem planejadas, tem resultados mais robustos comparados com outros métodos.

De acordo com a pesquisa, “Os alunos na instrução direta aprendem mais e com rapidez. Além disso, ao longo do tempo, têm mais autoestima e não perdem o que aprenderam, mesmo se submetidos a um método pior. Ao invés de ter um conceito defeituoso formado por si mesmo, o aluno aprende diretamente (não precisa ‘reinventar a roda’) – dito em outras palavras, o estudo mostra que é mais fácil aprender algo novo do que corrigir um conceito defeituoso, mal aprendido; o aluno está na série correta de acordo com o que sabe, nem à frente, nem atrasado”.

Vale lembrar que a Instrução direta, também chamado de método tradicional, prevê um professor como transmissor do conhecimento, em uma organização vertical. O educador é o centro do ensino e ele repassa as informações à turma, expondo o conteúdo e certificando-se de que os estudantes aprenderam o que se espera deles.

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Foto: Freepik

O método inclui técnicas de repetição, testes e exemplos. Embora, atualmente, defendam-se planos de ensino que misturem técnicas tradicionais e inovadoras, é provável que a boa e velha aula expositiva permaneça por muito tempo.

O fato é que sempre existiram e sempre continuará existindo diversas maneiras de abordar a experiência de ensino e aprendizagem na sala de aula. Cada educador adaptará as ferramentas disponíveis para seu próprio contexto. O importante é que a aprendizagem aconteça de forma eficaz e atenda de forma eficiente as necessidades do aluno.