Construção Civil
Conheça o projeto da arquiteta Marianne para as praças Duque de Caxias e Amphilóphio Lopes
Participante do Concurso Projeto em Arquitetura e Urbanismo, Marianne criou projetos de baixo custo, exequível, racional, com máxima acessibilidade e principalmente com significado, atraindo valor sentimental para áreas importantes da cidade…


Espaço de contemplação do Rio Grande incrementado no projeto | Figura do Projeto de Marianne
Concurso Projeto em Arquitetura e Urbanismo “História Viva – A Cidade do Futuro que Preserva Seu Passado” promove a criação de excelentes projetos de revitalização e/ou requalificação de espaços públicos em Barreiras.


A execução do concurso “História Viva – A cidade do futuro que preserva seu passado” trata-se de um projeto que visa a recuperação de patrimônio histórico e equipamentos urbanos da cidade de Barreiras, Oeste da Bahia, sob a conceituação da requalificação urbana, que compreende em um instrumento para a melhoria da qualidade de vida da população, promovendo a recuperação e requalificação de equipamentos e infraestruturas e a valorização do espaço público com medidas de dinamização social e econômica através de melhorias urbanas, de acessibilidade ou centralidade e a revitalização que conceitua-se como um processo de planejamento estratégico capaz de reconhecer, manter e introduzir valores de forma cumulativa.


O concurso realizado em março desse ano fundamentou-se na escolha espontânea pelo Arquiteto Urbanista de 1 (um) ou até 2 (dois) lotes de equipamentos e espaços públicos, objetivando a revitalização e/ou requalificação por meio de um anteprojeto dos seguintes espaços: Antigo Frigorífico de Barreiras (Matadouro); Antiga Usina Hidrelétrica; Antiga Delegacia; Rua Humaitá e Praça Dr. Augusto Torres; Praça Amphilóphio Lopes e Praça Duque de Caxias.




“Duas praças foram o alvo de intervenção da minha proposta no Projeto História Viva, a Duque de Caxias Amphilóphio Lopes. Hoje, a Praça Duque de Caxias é ladeada, dentre vários prédios comerciais e residenciais, pela sede da Academia Barreirense de Letras, instituição que foi crucial para definir a vocação do espaço renovado, agora interligada à praça por uma faixa elevada. O emblemático único coreto da cidade, hoje subutilizado, cuja associação demanda para os futuros saraus de poesia, foi renovado com as cores do prédio da sede, promovendo a imediata interligação dos dois equipamentos. Todo o mobiliário foi renovado para uma proposta convidativa: mesas para integração e uso em feiras literárias, bancos que promovem melhor interação de pessoas, bicicletários, espreguiçadeiras de leitura e descanso, em material durável e drenável, e um bebedouro foi implantado. A iluminação baixa traz a ambientação necessária para um uso noturno confortável e seguro. Os eventos da ABL nortearam o conceito e partido da nova praça, mas o espaço foi concebido para ser ponto de encontro e passeio o ano todo, todos os dias. A arborização original será mantida, precisamos de sombra. No anexo rotatória/estacionamento, um espaço de contemplação do Rio Grande foi introduzido, com banco circular e plantio de ipê no centro do espaço, dando uso a um local anteriormente ‘morto’”.


Na segunda parte do seu projeto, Marianne apresentou sua proposta de intervenção para a Praça Amphilóphio Lopes. “Diferentemente da Praça Duque de Caxias, o local possui caráter majoritariamente residencial, e seu baixo fluxo de veículos a coloca como uma ilha de calmaria no movimentado centro da cidade. Sua evidente vocação como um espaço público familiar foi aflorada em minha pesquisa com moradores dos arredores e usuários, que requisitavam principalmente um ambiente seguro e atrativo tanto para passeios diurnos e acesso noturno ao estacionamento incorporado à praça. Novamente mantive a vegetação de porte arbóreo para não haver prejuízo da sombra, porém, os canteiros no meio da praça com plantas de porte arbustivo foram eliminados ou substituídos por banco retro iluminado e circundando um ipê; a ideia é que todos os pontos da praça sejam avistados pelo pedestre sem obstáculos visuais, fator que, juntamente com a iluminação posicionada sob as copas das árvores, traz segurança no uso noturno”.


“Outro problema solucionado foi a falta de acessibilidade: o patamar circular central foi nivelado e os outros desníveis da praça foram totalmente resolvidos com a implantação de rampas adequadas à NBR 9050. Estamos falando de um local que será amplamente acessado por idosos e carrinhos de bebê. Para manter o apelo romântico e nostálgico que uma das primeiras praças de Barreiras merece, a paginação original em pedras portuguesas foi mantida, e dois pórticos com três balanços de bancos de madeira e ferro fundido foram implementados e emoldurados com mais ipês, essa árvore nativa emblemática que nos presenteia com sua floração e marca nosso tempo com sua sazonalidade, parte também de nossa memória afetiva coletiva. Para completar o mobiliário da praça, os mesmos bancos-bicicletários drenáveis, bebedouro, mesas, lixeiras da outra praça, e mais um banco semicircular de mesmo material no único canteiro central mantido, trazem ao espaço traços de contemporaneidade e definem as duas praças como parte de um mesmo conjunto arquitetônico-urbanistístico. A área mais livre de equipamentos é a porção mais próxima à igreja, trazendo a melhor visão do monumento e ao mesmo tempo permitindo o uso flexível do espaço, desde esporádicas feirinhas à montagem de brinquedos removíveis”.


Vale lembrar que puderam participar deste Concurso todos os arquitetos em situação regular perante o Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU) e os estudantes do penúltimo período ou semestre do Curso de Arquitetura e Urbanismo, na região, desde que sob a orientação de um professor.




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