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Agro

Perspectivas para o agronegócio em 2023

O Brasil é uma potência agroalimentar mundial e o protagonismo do agro no PIB brasileiro tende a se manter forte em 2023.

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De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o agronegócio brasileiro emprega quase 20 milhões de trabalhadores atualmente. Tradicional no setor, a instituição pertence à Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo (USP).

Os dados mostram que por volta da metade desse contingente está alocado no setor primário. Ou seja: nas operações que ocorrem na propriedade agrícola, popularmente conhecido como “dentro da porteira”. Já a agroindústria emprega pouco mais de 4 milhões, e o setor serviços dedicados ao agronegócio brasileiro ocupa quase 6 milhões de trabalhadores. O levantamento realizado pelo Cepea usou informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números, contudo, não incluem a produção realizada exclusivamente para próprio consumo.

O agronegócio brasileiro é um dos grandes motores da economia do país. A Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA) estima que o setor seja responsável por 25% do Produto Interno Bruto do Brasil. Nas contas externas, o agronegócio brasileiro é responsável por quase metade do faturamento nacional com o mercado externo. Atualmente, o país é um dos grandes fornecedores globais de alimentos, com destaque para itens como grãos de soja, milho, açúcar e café, além de carnes de frango e de bovinos.

Em 2023, a perspectiva é promissora e alguns fatores endossam isso:

  • Os subsídios federais para o agronegócio são historicamente baixos no Brasil – Estudos da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) mostram que o subsídio Federal destinado ao agronegócio brasileiro tem sido baixo há vários governos.
  • Ao longo dos últimos 10 an os, por exemplo, o gasto com o setor agropecuário foi de apenas 0,7% das despesas totais da União. Logo, a receita e o crescimento gerado no agro é obra da sua própria atividade e da sua relação com o exterior.
  • As políticas públicas podem ser promissoras – Somado ao crescimento que já vem sendo bem administrado pela atual gestão Federal, há a perspectiva de um futuro governo que no seu primeiro mandato, em 2003, estimulou o cooperativismo e o seguro rural. Portanto, além de continuar atendendo as demandas do mercado externo, o setor deve seguir forte entre os pequenos produtores e a agricultura familiar.
  • A demanda do mercado interno tem força para compensar eventuais perdas – Mesmo que a instabilidade geopolítica e econômica global aponte para a continuação de conflitos na Europa e a alta da inflação em vários países, o consumo das famílias brasileiras deve ser mantido pelas medidas de estímulo à renda.
Imagem ilustrativa | Foto: Reprodução CompreRural

Vale destacar que no início do ano, o Ministério da Agricultura e Pecuária foi reestruturado. Na nova disposição, que começou a vigorar nessa terça-feira (24), a antiga Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável e Irrigação (SDI) passou a agregar também o Cooperativismo. Com o decreto publicado em 1° de janeiro de 2023, a Secretaria continuará encarregada de temas importantes como Sustentabilidade, Inovação, Camada de Competitividade, Cooperativismo e Bioeconomia Agrícola.

Por fim, o agronegócio é um dos principais setores da economia brasileira, isso impõe a qualquer governo o dever de manter o setor aquecido para atender às crescentes demandas nacional e global. O Brasil é uma potência agroalimentar mundial e o protagonismo do agro no PIB brasileiro tende a se manter forte em 2023.

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