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Agro

Empresas privadas apóiam programa de desenvolvimento da borracha natural da Bahia

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Por: Josalto Alves – DRT-BA 931

Plano Estadual dá sustentabilidade a diversas regiões do Estado

teste-internoUm dos primeiros planos estaduais lançados pelo governo do Estado, através da Secretaria da Agricultura (Seagri/EBDA/Adab/CDA), o Programa de Desenvolvimento do Setor da Borracha Natural do Estado da Bahia (Prodebon), recebeu nas últimas horas importantes apoios para seu desenvolvimento. As indústrias pneumáticas Continental e Michelan anunciaram o compromisso de doar 180 mil mudas de seringueira para ajudar os agricultores familiares. O secretário da Agricultura, engenheiro agrônomo Eduardo Salles, comemorou as decisões, e afirmou que “são conquistas importantes para as regiões do Baixo Sul, Sul da Bahia e Extremo Sul”, destacando que com o plano, que prevê a plantação de 100 mil hectares de seringueiras no Estado no sistema agroflorestal com a seringueira, cacau e banana, renovamos a lavoura cacaueira, proporcionamos para o produtor, com a receita gerada pela banana, condições para se manter nos primeiros anos, garantindo no futuro a sustentabilidade da propriedade com a renda que será gerada pela borracha”.

Durante encontro realizado no gabinete do secretário da Agricultura, os diretores superintendentes da Continental, Pedro Emanuel Gravina Pereira de Matos e José da Silva Carvalho Neto, entregaram ao secretário Eduardo Salles uma carta de intenções, através da qual a empresa assume o compromisso de doar, entre os anos de 2013 a 2015, 125 mil mudas de seringueiras. “Esse programa reflete a preocupação do governo baiano de construir uma sociedade justa e solidária, e nós o parabenizamos pela inciativa de contribuir para o desenvolvimento socioambiental do Estado”, disse José da Silva Carvalho Neto.

Em outro comunicado, a Michelan informou ao secretário que vai doar 55 mil mudas de seringueiras, sendo 20 mil este ano e 35 mil em 2014. De acordo com o secretário, as mudas de cacau e banana e a assistência técnica serão viabilizadas pela Seagri. O Banco do Nordeste do Brasil, através do FNE Verde, financia todo o restante com oito anos de carência e 12 para pagar, totalizando 20 anos, além de operações com o Banco do Brasil.

As metas do Prodebon
Organizado pela Câmara Estadual Setorial da Borracha, com parceria e participação da Secretaria de Ciência e Tecnologia (Secti); Sedir/Car; MDA; Mapa/Conab; BNB; BB; Ceplac; Faeb; Senar-Ba; Sebrae-BA; Organização de Conservação da Terra (OCT); Instituto Biofábrica de Cacau; Fetraf-BA; Fetag-BA; Sema/Inema, o Programa de Desenvolvimento do Setor da Borracha Natural do Estado da Bahia (Prodebon), tem metas arrojadas: sair da produção de 17,2 toneladas/ano para 146 mil toneladas; de 32.314 hectares plantados para mais 100 mil hectares com variedades melhoradas de seringueiras nos próximos 20 anos; ampliar de 6,5 mil para 34 mil empregos, aumentar a produtividade de 800 kg/hectare para 1.460 kg/hectare, eliminar a importação de borracha seca, que hoje representa 70% do consumo interno; aumentar a renda oriunda da produção dos atuais R$ 102 milhões/ano, para R$ 865 milhões/ano; ampliar a arrecadação de ICMS de R$ 18 milhões/ano, para R$ 163 milhões/ano, e chegar ao ano 2040 com a Bahia autossuficiente na produção de borracha natural.

Eduardo Salles lembrou que “para organizar e estruturar a agropecuária do Estado criamos 22 câmaras setoriais de cadeias produtivas consideradas estratégicas, que receberam a missão de elaborar planos estaduais para os próximos 20 anos”. Além do plano da borracha, já foi lançado este ano o Plano Estadual do Mel, e até o final do ano será lançado o Plano Estadual do Leite. “O Prodebon não é um plano de governo. Foi elaborado pela Câmara Setorial da Borracha Natural, cabendo ao governo fazer a sua parte, garantindo assistência técnica e todo apoio necessário à efetivação do programa”, disse Salles.

A Bahia é o segundo maior produtor nacional de borracha natural do Brasil, atrás apenas de São Paulo, mas sua produção responde hoje por apenas 30% do consumo interno. “Essa é uma realidade que começamos a mudar”, afirmou Salles, lembrando que “a Bahia está dando um salto qualitativo e quantitativo”.

Autossuficiência
O Prodebon vai atender a 18.133 produtores, em sua maioria da agricultura familiar. Os pequenos produtores alvo do programa estão distribuídos nos Territórios de Identidade Agreste Alagoinhas/Litoral Norte, Baixo Sul, Extremo Sul, Litoral Sul, Médio Rio das Contas, Recôncavo, Costa do Descobrimento e Vale do Jiquiriçá, compreendendo a superfície de 95 mil Km2.

O Prodebon, além de colocar a Bahia no caminho da autossuficiência da borracha natural, representa grande avanço também para a cultura do cacau que, consorciada com a seringueira, vai dar sustentabilidade e rentabilidade à cacauicultura, garantindo melhor renda para os cacauicultores.

Uma das características do Prodebon é que se trata de um programa que nasceu fadado ao sucesso, pois tem mercado concreto, uma vez que a Bahia abriga indústrias produtoras de pneus.

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