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Espanha: Menos mortos e Estado de Alarme para mais um mês

País vive o segundo menor número de mortes desde que iniciou o registro de falecidos

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Sandra Cristina | Correspondente na Espanha

Nenhum dia, desde que começou o Estado de Alarme, os números da crise sanitária havia sido tão baixos. 102 o número de mortos, o segundo menor desde que se começou a registrar os falecimentos, só superado pelo dia 16 de março quando houve uma alteração no contador; o mesmo se passa com os internados em hospitais (258), que só foram inferiores (257) no dia 11 de maio; 10 pessoas precisaram de cuidados intensivos, uma cifra que não se havia visto em mais de dois meses.

Todas essas estatísticas estão sujeitas a revisões e, provavelmente receberão correções como recordou na roda de imprensa hoje, Fernando Simon, diretor do Centro de Controle de Alertas e Emergências Sanitárias: “como as fases que estamos na evolução da pandemia, se vão produzindo as adaptações na forma que se notifica. Temos uma grande capacidade de detecção precoce, porque as comunidades começaram essa semana com um novo mecanismo. Isso fez com que hoje houvessem alguns problemas, o que pode fazer com que alguns dados estejam um pouco desenquadrados, mas que não chega a afetar a interpretação dos mesmos”.

Surpreende, por exemplo, que na Cataluña não tenha tido nenhum internado em UTI. Em outras ocasiões foi devido a uma deficiência na comunicação, que se deu um pouco tardia. Somente 5 cidades notificaram nove pacientes em cuidados intensivos.

Este dado, junto com os ingressados em hospitais foram convertidos nos melhores termómetros para medir a evolução da pandemia, já que os casos estão sujeitos à capacidade em se fazer provas (que cada vez é maior). Esta informação se mantem mais ou menos estável com respeito aos últimos dias: foram detectados 539 positivos por PCR até somar um total de 230.698. É algo maior que nos outros dias, o que Simon taxou como uma maior sensibilidade diagnóstica.

“Temos que ver como evolui, estamos fazendo investigações em todas as cidades onde foi detectado um incremento maior do que o previsto por esta circunstância, mesmo que não temos detectado nenhum surto ativo, mas sabemos que pode haver pessoas assintomáticas que não ascendem ao sistema, assim que temos que ser muito prudentes na hora de fazer essas valorações”, assinalou.

Estado de Alarme para mais um mês

Presidente de Espanha, Pedro Sanchez

Por outra parte, o presidente do Governo da Espanha, Pedro Sanchez, anunciou na manhã deste sábado (16) que o Executivo pedirá uma nova e “última prorrogação do Estado de Alarme”, esta vez, de um mês.

A proposta será apresentada no Congresso dos Deputados na próxima quinta-feira (21). O Ministro da Saúde, Salvador Illa, será o mando único desse período. “A ‘desescalada’ pode acabar em grande parte do país com o início do verão”, complementou o presidente, que apelou repetidas vez a “prudência” e voltou a dizer que os “critérios científicos” são os que marcam o ritmo da transição rumo a nova normalidade. “Se o governo ver que se pode levantar o Estado de Alarme antes deste mês, se levantará”, afirmou.

Por outro lado, a governadora de Madrid acusou o presidente do Governo de estar travando uma “luta ideológica”, por não dar sinal verdade para que a comunidade possa avançar para a fase I.

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