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Prisão sem fiança para 8 advogados do ETA

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Por: Sandra Cristina – correspondente na Espanha

O Juiz Eloy Velasco mandou para a prisão provisional sem possibilidade de fiança, 8 advogados do grupo separatista ETA, por considerar que estes atuavam como meio para a comunicação direta entre a direção do ETA e os presos do grupo separatista.

01A última atividade do chamado “grupo de coordenação” foi organizar um ato que congregou os presos a derrogação da doutrina Parot (A Doutrina Parot é o nome que se dá à jurisprudência do Tribunal Supremo, a partir de sua sentença de Fevereiro de 2006, que se resolvia o recurso representado pelo terrotista do ETA Henri Parot, segundo o qual, a redução de penas por beneficios penitenciários (os que reduzem a pena mediante trabalho, estudos, etc.) se aplica a cada uma das penas individualmente, e não sobre o máximo legal de 30 anos de permanência em prisão. A Doutrina Parot, (que havia sido modificada parcialmente em 2008 pelo TS quando ficou conhecida como a doutrina de duplo cômputo penal), viola a Convenção Europeia de Direitos Humanos, o que obrigou o governo espanhol a colocar em liberdade terroristas, que somadas as penas, foram condenados a mais de 3 mil anos de prisão por vários assassinatos terroristas. Com a derrubada da Doutrina Parot, mais de 50 membros do grupo terrorista, entre eles narcotraficantes, violadores e assassinos em série também foram postos em liberdade).

Nenhum dos 8 presos quiseram responder ao juiz nem ao fiscal no momento da prisão. Quando os guardas civis chegaram no local para efetuar a prisão, os suspeitos não estavam juntos, e sim dispersos no prédio onde trabalhavam. Os agentes encontraram um pendrive que já tinha sinais de que os acusados haviam tentando destruir, assim como os computadores com os cabos cortados. Também foram encontradas memórias de arquivos escondidas nas almofadas do sofá e um papel enrrolado em forma de canudo com uma menssagem da direção do ETA com data de dezembro passado. O magistrado indica que 3 dos detentos tentaram fugir enquanto que outros vigiavam a rua, uma vez que vazaram informações com antecedência da atuação da polícia.

Velasco imputou aos 8 advogados ao delito de pertencer à organização terrorista. Também foi citada como imputada uma empregada dos acusados para que explique a entrega do “canudo de papel” com informaçao do ETA ao preso Asier Arzalluz Goñi (acusado de vários atentados em nome do ETA).

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