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Brasil

Aprovado para a Petrobras, Jean Paul Prates se reúne com Lula para discutir nova diretoria

Prates defende o fim da política de paridade de importação para a formação dos preços

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Imagem ilustrativa | Foto: Reprodução g1

O Conselho de Administração da Petrobras (PETR4) aprovou nesta quinta-feira, 26, por unanimidade, a indicação do senador Jean Paul Prates ao cargo de presidente da petroleira. O novo executivo da companhia acumula quase 30 anos de experiência no setor de petróleo e gás e foi consultor antes de seguir a carreira política.

Ao ser indicado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ex-senador disse que a política de preços da estatal, atrelada à variação do dólar e do barril de petróleo no mercado internacional, será alterada. Ele também afirmou que a Petrobras precisa “olhar para o futuro” e investir na transição energética.

Consultor de energia de longa data que se tornou político, Prates deve liderar uma mudança estratégica para voltar a empresa a mais projetos de energia renovável e investimentos em refino. Prates foi aprovado por unanimidade pelo conselho da estatal, onde também ocupará um assento, disse a Petrobras em comunicado ao mercado.

Os mercados temem que Prates mude drasticamente a política de preços de combustíveis da empresa, que atualmente segue indicadores internacionais, como câmbio e preços globais do barril do petróleo, e que já foi criticada por Lula diversas vezes. Analistas, no entanto, não acreditam em uma mudança imediata nos rumos da política de preços.

O ex-senador vem defendendo o fim da aplicação da paridade de importação para a formação dos preços da petroleira, mas diz que a empresa ainda assim seguirá indicadores internacionais. Também já declarou anteriormente que o governo Lula não adotaria uma abordagem agressivamente intervencionista na Petrobras.

O novo presidente se reuniu nessa quinta-feira (26), às 16 horas, em Brasília com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para discutir a nova diretoria da Petrobras. A expectativa é de uma mudança completa na diretoria da Petrobras, o que pode levar a uma revisão da política de preços.