Como proceder após um diagnóstico de Síndrome de Asperger?

Apesar de não ser mais exatamente conhecida por esse nome, a síndrome de Asperger é um grau mais leve do autismo, que é crônico e afeta até 150 mil pessoas por ano no Brasil.

Há uma necessidade de acompanhamento especial após o diagnóstico dessa condição, apesar de não ser algo que vá atrapalhar a vida de uma pessoa.

Nos últimos anos a síndrome tem se tornado bastante conhecida no mundo inteiro, seja pela ampla campanha de conscientização nas redes sociais, ou mesmo pela abordagem que ela teve em alguns seriados populares na tv.

Entretanto, mesmo com essa nova visão sobre essa condição, ainda há muitas pessoas que não sabem como lidar com isso após o diagnóstico.

No texto de hoje você poderá conhecer algumas dicas de como proceder se o seu filho for diagnosticado com Asperger. Confira.

Desvendando o Asperger: O que é essa síndrome?

Apesar de muitos não associarem essa condição ao autismo, o Asperger é sim um grau mais leve, apenas a terminologia acaba segregando os dois.

Por não ser tão forte, quem vive com essa síndrome, apesar de sofrer problemas de socialização e ter alguns comportamentos peculiares, não vive tão preso e fechado no próprio mundo como quem sofre com o autismo mais forte.

Por exemplo, alguém com o Asperger não vai sentir dificuldades de aprendizado, ela irá aprender normalmente, logo, não há nada que comprometa o sistema cognitivo.

Quanto às dificuldades de interação com outras pessoas, isso pode ser resolvido, entretanto, exige que os pais saibam desde cedo que a criança vive com aquela síndrome e sigam os procedimentos corretos de criação.

Um ponto que chama a atenção e precisa ser ressaltado, é que essa síndrome costuma afetar menos as mulheres e mais os homens, para cada 5 pessoas que nascem com Asperger, apenas uma é mulher e os outros quatro são homens.

Os sinais que você deve se atentar na criança

A síndrome de Asperger é um pouco mais delicada de se perceber, isso porque o autismo em um grau mais elevado é detectável logo nos primeiros meses, já o Asperger não.

Essa condição costuma ser percebida quando a criança já está no processo social de interação, é aí que os pais ou professores percebem que há dificuldades de construir relações de amizade ou um comportamento um pouco diferente das demais crianças.

Essa dificuldade acontece porque crianças com Asperger não conseguem se comunicar como as outras, apresentam problemas para dar continuidade a uma conversa.

Uma característica que se tornou comum para perceber o Asperger, é que crianças com essa condição costumam apresentar um nível intelectual maior do que se espera da idade dela.

O principal fator é um vocabulário mais profundo e complexo, o que não é um traço comum entre as crianças.

É possível notar também que os pequenos que vivem com esse grau leve de autismo levam tudo o que escutam ao pé da letra, ou seja, são na maioria das vezes, incapazes de captar o sentido figurado.

Um personagem de uma série muito famosa que trouxe essas características à tona, foi o famoso Sheldon Cooper, do show The Big Bang Theory, um físico genial que não consegue entender sarcasmo.

O que fazer para ajudar uma criança com Asperger a se desenvolver?

O primeiro passo é não entrar em pânico e buscar ajuda profissional, não há motivos para a criança não levar uma vida completamente normal.

Hábitos e uma rotina fixa ajudam bastante a manter a mente deles mais organizada, por isso é preciso estabelecer uma rotina para a criança.

É preciso ajudar com o que ele sente dificuldade, como por exemplo, se a dificuldade é interação social, é preciso incentivar isso, respeitando o tempo do pequeno e sem forçar.

No caso dos pequenos podemos ajudar a estimular através de brinquedos educativos, para ajudar a melhorar sua interação.

Sempre o auxilie na hora do aprendizado e aos poucos, vá introduzindo alguns exemplos de sentido figurado para que a criança possa começar a se identificar sozinha.