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Eleições 2024

As Eleições de 2024 e a revolução das mídias sociais

A revolução das mídias sociais nas Eleições de 2024: estratégia digital e o papel do eleitor na nova era

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Eleitores conectados: A presença dominante das mídias sociais transforma as campanhas políticas nas Eleições de 2024, com estratégias digitais que atraem e engajam o eleitorado | Foto: IA/Falabareiras

Por Maglon Ribeiro | maglonribeiro@gmail.com
Consultor em Marketing Político e Campanhas Eleitorais

O estudo revela ainda que são 1,2 smartphones por habitante, totalizando 249 milhões de celulares inteligentes em uso no Brasil. Densidade de 111,96 cel/100 hab. E não para por aí. Os brasileiros possuem a maior média de uso de smarthphones do mundo: 4 horas e 48 minutos. Estes números comprovam que, processar, distribuir informações e as tomadas de decisão de nossa vida convergem para uma telinha, que, volta e meia está numa das palmas de nossas mãos. A presença constante dos smartphones na vida das pessoas tornou a visualização da telinha um ato involuntário no dia a dia de cada um.

Chegou praticamente para todos a “Aldeia Global”, preconizada por pelo filósofo canadense Herbert Marshall McLuhan. Vivemos a era da sociedade em rede, pelo acentuado fluxo de informação, em torno da rede de comunicação da internet, impactada pela possibilidade de conexão permanente trazida pelos dispositivos e redes móveis, caracterizando uma “sociedade da comunicação móvel”, na qual “tecnologias de comunicação sem fio difundem a lógica de rede da organização e da prática social em todos os lugares, para todos os contextos, na condição de estar na rede móvel”.

A revolução da mídia social configurou a “a sociedade da informação” para um outro patamar de interatividade do eleitor, agora não só aquele que curte, mas um mobilizador atuante, que compartilha, comenta fervorosamente, militante e disseminador de notícias e das propostas do candidato.

As campanhas políticas de 2018 para cá são exemplos claro de como essa revolução nos alcançou em cheio. A campanha política para presidente da república que se desenhou a partir da disseminação dessas tecnologias de mídias sociais, mudou o modo de se fazer campanha política no Brasil, de maneira mais concreta, com encolhimento do marketing tradicional, no seu aspecto mais relevante, as grandes produções cinematográficas, o que levará os candidatos, a partir de agora, priorizar o novo modelo de se fazer campanha política, utilizando esse instrumental, de maneira profissional nos pleitos.

Sem falar em Fake News, que é um fenômeno, no processo de desconstrução de um candidato, sem o devido controle. Um dado interessante, segundo o especialista Marcelo Vitorino, 92% dos internautas buscam informações dos candidatos nas redes sociais ou veículos de comunicação online. No tocante as propostas do candidato, o interesse alcança 83%, enquanto as fotos da campanha, atrai o interesse de apenas 5%, e, as tão usadas frases motivacionais só despertam 4% do interesse dos internautas.

A profissionalização do uso das mídias sociais nas campanhas eleitorais é uma condição inevitável nos novos tempos de se fazer política. Um projeto de campanha política ou comunicação de governo, via mídia social, é mais amplo do que se imagina, tomando como base o Ranking das redes sociais mais usadas no Brasil e no mundo em 2023, com insights, ferramentas e materiais, temos: WhatsApp (169 mi); YouTube (142 mi); Instagram (113 mi); Facebook (109 mi); TikTok (82 mi); LinkedIn (63 mi); Messenger (62 mi); Kwai (48 mi). O uso das mídias sociais na política não é simplesmente veicular material de campanha ou notícias de governo, isso porque quem acessa uma das mídias sociais, acessa para entreter ou interagir. Fato é que o processo de trabalho deve criar formas de abordagem atrativas, usando para pesquisa de afinidade de público, mapeamento de interesse de temas, segmentação, etc. Enfim, se um candidato quer ter sucesso nas mídias sociais precisa contratar profissionais que saibam organizar a comunicação para utilizar as várias ferramentas disponíveis. Com isso o candidato pode trabalhar seu nome, suas ideias e propostas o tempo todo. Ou seja, todo dia é dia de campanha, com a utilização de técnicas que envolve atrair, gerar tráfego, engajar militantes e converter o internauta num verdadeiro eleitor.

Falabarreiras, notícia é pra sempre!