Agro
Prefeitura de Barreiras distribui vacinas contra febre aftosa
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Por: Michela Rodriguez
Os criadores de bovinos de Barreiras terão até o final deste mês de novembro para buscar as doses de vacina contra a febre aftosa. O medicamento está disponível na Secretaria Municipal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento e cada criador recebe 50 doses gratuitamente pela prefeitura para imunização de animais até 24 meses.
A Secretaria de Agricultura fica localizada no Parque de Exposições Dr. Geraldo Rocha. A iniciativa faz parte da segunda etapa da Campanha de Vacinação contra Febre Aftosa, que dura ate o dia 30 de novembro. A primeira etapa ocorreu em maio, quando foram vacinados 15 mil animais.
Na avaliação do Secretário de Agricultura, Ozimar Amorim, o maior benefício de todo esse trabalho é tornar efetivamente igualitário o negócio pecuário e oferecer aos criadores de Barreiras as mesmas condições dos demais estados. “Essa distribuição e incentivo a vacinação é um demonstrativo do quanto estamos preocupados com o homem do campo, reafirmando o compromisso do estado e do município com todos os criadores da Zona de Proteção. A prevenção contra a febre aftosa é um empenho integrado entre estado, município e produtor rural”, disse Ozimar.
O Oeste da Bahia é detentor de um rebanho bovino de aproximadamente 2 milhões de cabeças, e tem apresentado, nos últimos anos, uma estabilidade sanitária referenciada no estado da Bahia.
A febre aftosa
A febre aftosa é uma doença infecciosa causada por vírus. Ela atinge animais de cascos bipartidos, como bovinos, bubalinos, ovinos, caprinos e suínos. É uma doença altamente contagiosa que possui sete soros imunologicamente distintos, são eles: A, O, C, SAT1, SAT2, SAT3 e Asia 1, sendo que no Brasil encontramos apenas os tipos A, O e C.
O vírus é altamente contagioso e pode ser transmitido através da baba do animal, que contém grande quantidade de vírus. O sangue dos animais infectados também contém grande quantidade de vírus durante a fase inicial da doença. O vírus dessa doença é muito resistente, podendo resistir por meses na medula óssea do animal (mesmo depois de morto), no pasto, na farinha de ossos e no couro.
A doença também pode ser transmitida por contato indireto, através de alimentos, água, ar, pássaros e humanos que cuidam dos animais, e que podem levar os vírus em suas mãos, roupas ou calçados, e infectar animais sadios.
Sintomas
Os primeiros sintomas apresentados pelo animal são febre alta e perda do apetite, seguidos de aftas na boca, na gengiva ou na língua, e principalmente por feridas nos cascos ou nos úberes. O animal baba muito, contaminando todo o ambiente e tem grande dificuldade para se alimentar e para se locomover, em razão das feridas nos cascos. A produção de leite, o crescimento e a engorda ficam prejudicados. A intensidade da doença é variável, mas sabe-se que ela atinge mais animais jovens, principalmente os que estão em aleitamento.
O tratamento dessa doença é feito com a total desinfecção do local, fervura ou pasteurização do leite destinado ao consumo humano ou de outros animais, tratamento com medicação nas feridas dos animais e tratamento com tônicos cardíacos em animais com muita fraqueza.
No Brasil, a prevenção dessa doença é feita por meio de vacina obrigatória aplicada de 6 em 6 meses, a partir do terceiro mês de vida do animal. A vacinação é obrigatória a todos os criadores de animais, de forma que as recomendações do fabricante com relação à dosagem, prazo de validade, modos de conservação, entre outros, sejam obedecidas.
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