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Vida e Saúde

Perigos do açúcar – é comparado ao cigarro

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Por: Sandra Cristina – correspondente na Espanha, de Joana Sociás

01• É mais aditivo que a cocaína e ele aumenta o risco de ira nas crianças
• Especialistas exigem que as indústrias reduzam em 30% o açúcar em seus produtos
• Não confie nas etiquetas

Os especialistas, cada vez tem mais claro, ainda que haja vozes dissonantes, afirmam que são os açúcares colocados na alimentação, e não a gordura consumida, os verdadeiros causadores de que engordemos.

Nos últimos 150 anos o açúcar tem sido introduzido em nosso sistema, pouco a pouco, quase fazendo passar a ser parte dele, até o ponto de que se chegado a qualificar como “o tabaco de nosso tempo”. O branco que adoça nossa vida, é também uma substância mais ativa que a cocaína e a morfina, como foi mostrado em um experimento com ratos em laboratório (quando os roedores podiam escolher entre cocaína e açúcar, a maioria elegia o açúcar, inclusive os animais que antes haviam experimentado a cocaína, demostrando o grande poder de adesão do açúcar).

Desde que o açúcar entra em nosso corpo, causa imediata sensação de bem estar, desatando a serotonina, conhecida como hormônio da felicidade, e ativa as partes do cérebro associadas ao bem estar. É certo, o açúcar provoca felicidade, mas possa ser que seu uso indevido contribua para diminuir a saúde de nosso corpo.

O consumo de açúcar de mesa tem caído aos poucos enquanto que disparou o uso de açúcar em produtos industrializados. É o mesmo que dizer que agora os consumistas de açúcar não estão realmente conscientes quanto à quantidade que consomem, e aí está o grande problema, de acordo com a campanha a nível mundial “Ação sem açúcar”.

Os especialistas estão pedindo às indústrias que reduzam, nos próximos 5 anos, em 30% a quantidade de açúcar nos alimentos. Estão convencidos que é a maneira mais efetiva e barata de colocar freio nas enfermidades como diabetes e obesidade, duas das pragas de nosso mundo que, diferente de outras epidemias não têm um plano de atuação para seu freio.

Uma das estimativas que também concordam as Nações Unidas, é quando se fala de “provas evidentes que demostrem o vínculo que existe estre refrescos e comida que contém açúcar, com a obesidade, diabetes e enfermidades cardiovasculares.

A doutora Carmekm Gomez Candela, chefe da unidade de Nutrição Clínica e Dietética do Hospital La Paz, de Madrid, alerta dos enganos nos produtos industrializados que estão nos supermercados e que já fazem parte de nossas cozinhas e informa que um produto “sem açúcar”, “sem açúcar incluído” ou “com substância reduzida de açúcar”, não tem porque ter menos calorias que um produto açucarado, uma vez que a lei não exige tal situação. O que acaba sendo um paradoxo nestas categorias, é que encontramos nos supermercados, produtos que chegam a possuir mais calorias que o açúcar, ao ter que substituir a função de “adição de volume” a partir da adição de gordura. A doutora, que participa do comitê científico do Instituto de Estudos do Açúcar, não tem dúvidas, e diz que a informação enganosa em muitas ocasiões confunde o consumidor.

Se pode chegar a imaginar que uma lata de coca-cola contenha 9 colheres de açúcar? Segundo a “Ação sem Açúcar”, até um yorgurt desnatado pode conter até 5 colheres de açúcar. Encontramos açúcar nos yogurtes, no pão, nos refrescos, verduras congeladas, comida enlatada, bolos, massas, leite, molho de tomate e em todo tipo de comida que sofra um processo de elaboração, inclusive conhecida como comida light ou zero.

A verdade é certa neste mar de confusão: se observar que os primeiros 3 ingredientes do produto é açúcar, mantenha-se longe dele.

Espanha é um dos países da União Europeia que menos açúcar consome, frente aos gigantes como Alemanha, Reino Unido e Estados Unidos.

O especialistas recordam que nenhum outro mamífero come açúcar adicionado e que é totalmente desnecessário acrescentar açúcar em nossa dieta, um sistema inventado pelo ser humano. A indústria açucareira, consciente do mal que o açúcar provoca, tem inventado um repertório de palavras com supostas conotações saudáveis, tais como xarope de cevada, açúcar de beterraba, xarope de arroz moreno, cristais de cana, edulcorante de milho, polpa de fruta e outras muitas que não são mais que eufemismos que só significam uma coisa: adição de açúcar. E muito cuidado com isso, porque o açúcar tem zero valor nutricional e não tem nenhum efeito saciante.

A Organização Mundial de Saúde recomenda que o açúcar constitua menos de 10% da dieta diária da criança, 10 gramas de açúcar por cada 100 gramas de comida. O especialistas tem feito altos alarmes após constatar que a grande maioria dos alimentos dirigidos aos pequenos supera a cifras recomendadas. Cereais, biscoitos sucos, yogurtes,… Nossos filhos crescem com a adição de açúcar em seu corpo, um comportamento que sem dúvida lhes fará um adulto menos saudável e totalmente dependente de aditivos de um ingrediente superficial com nulo valor nutritivo e mais adiante, a obesidade infantil. Os especialistas avisam: se seu filho vai mau na escola, o primeiro que deve fazer é eliminar o açúcar de sua dieta. É que o açúcar diminui consideravelmente a concentração dos mesmos, eleva o risco de ira e faz com que os câmbios de humor sejam mais instáveis e frequentes.

Este alerta dos especialistas em nutrição do Reino Unido, assegura que muitos pais vão deixar de recompensar seus filhos com doces.

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