Vida e Saúde
Ombro travado e saúde mental: Qual a relação?
Especialista em cirurgia do ombro e cotovelo explica a questão


Neste mês, a campanha Janeiro Branco reforça os cuidados com a saúde mental, já que, ela não estando bem, todo o restante também não estará. A conexão mente-corpo é uma via de mão dupla, pois, da mesma forma como a mente influencia o corpo, o corpo influencia a mente.
Em novembro, estudo publicado no Jornal de Pesquisa Psiquiátrica demonstrou que a capsulite adesiva – popularmente conhecida como “ombro congelado”, foi associada a um aumento da incidência cumulativa de depressão. A pesquisa, feita na Alemanha, incluiu 29.258 pessoas com capsulite adesiva e o mesmo número sem o problema, e a incidência de depressão foi de 17,5% no primeiro grupo e de 8,7% no segundo.
“O ‘ombro congelado’ consiste em uma inflamação no tecido vascularizado dessa região do corpo, resultando em progressiva rigidez articular, com grande perda dos movimentos locais”, explica o ortopedista especialista em cirurgia do ombro e cotovelo, Luis Alfredo Gomez. “As questões emocionais impactadas e a sensação de vulnerabilidade trazida com isso, acabam resultando na propensão para desenvolver doenças como a capsulite”, completa.
A evolução do “ombro congelado”
O especialista, credenciado pela SBCOC (Sociedade Brasileira de Cirurgia de Ombro e Cotovelo), ressalta que não se deve ignorar a dor no ombro, tampouco se automedicar. “Se a pessoa estiver passando por algum momento difícil, que está desencadeando quadro de estresse e depressão, é fundamental que ela procure profissionais de saúde que possam auxiliá-la, tanto na questão mental, quanto nos reflexos que o corpo apresentar, para que os especialistas indiquem o melhor protocolo de tratamento e ela possa voltar a ter qualidade de vida”, conclui.
Predicado Comunicação