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Vida e Saúde

Família faz campanha nas redes sociais para conseguir operar gêmeas xifópagas

Publicado

em

R7

Mobilização nas redes sociais pretende dar visibilidade ao caso

Mobilização as redes sociais pretende dar visibilidade ao caso| Foto: Reprodução/Record Bahia

Mobilização as redes sociais pretende dar visibilidade ao caso| Foto: Reprodução/Record Bahia

Unidas pelo abdome, as gêmeas xifópagas Maria Clara e Maria Eduarda lutam pela vida. As irmãs nasceram em 22 de abril, numa maternidade em Salvador, e desde então aguardam a cirurgia, que será realizada no Hospital Público Materno Infantil, em Goiânia, referência no procedimento de separação no Brasil. Sem recursos, a família das crianças criou uma campanha nas redes sociais para conseguir doações e viabilizar a ida de familiares para acompanhar a cirurgia.

Desde que nasceram, as Marias – como são carinhosamente chamadas – nunca deixaram o HGRS (Hospital Geral Roberto Santos), na capital, onde permanecem internadas. Após o início da campanha, a família recebeu doações de fraldas, roupas e até dinheiro. Os pais das gêmeas são jovens, ambos com 20 anos, e não trabalham. O pai, Caique Ramos dos Santos, tem se revezado com a namorada, Denise Borges Oliveira, e outros parentes para dormir com as crianças no hospital. Ele desabafa:

— Quando elas me olham, eu passo a mão na cabeça delas, é como se elas estivessem pedindo ajuda e eu não posso fazer n ada.

Campanha nas redes Sociais

Há 15 dias, surgiu a ideia de criar uma mobilização nas redes sociais para dar visibilidade ao caso e conseguir doações. A iniciativa surgiu da avó paterna, Francislei dos Santos Santana. Ela e a família criaram a página Ajude as Marias, no Facebook, e a Campanha das Marias, no aplicativo de mensagens instantâneas WhatsApp, no número (71) 8396-6719.

— Somos de família humilde, o pai não trabalha, a mãe não trabalha, e quem ajuda sou eu e o pai dela. Muitas vezes, eu me sinto impotente. Se esta já é uma situação difícil para uma criança, imaginem duas? É muito sofrimento, mas consigo ver no olho delas que elas querem sobreviver.

A esperança de Francislei é de que a transferência das gêmeas ocorra o mais rápido possível para o hospital de Goiânia.

— Não temos dinheiro para pagar hospedagem, avião, o pai tem que viajar também. Dói ver que estamos precisando disso tudo e eu não posso fazer nada. A nossa esperança é que alguém possa nos ajudar de alguma forma. Temos que viajar, mas não temos recursos suficientes.

A Sesab (Secretaria da Saúde) informou que já existe uma vaga no Hospital Público Materno Infantil, porém, a transferência depende de alguns documentos que ainda não foram entregues. Os documentos solicitados já estão sendo providenciados pela família.