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Vida e Saúde

Estudo aponta que disfunção erétil aumenta risco do surgimento de doenças cardíacas

Homens com mais de 45 anos que nunca apresentaram problemas cardíacos, mas com disfunção erétil de moderada a grave, podem ser até oito vezes mais propensos a ter problemas cardíacos em comparação com aqueles que nunca apresentaram a disfunção

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Rita Nogueira | Target Estratégia em Comunicação | Assessoria de Imprensa do HCor | Imagem destaque reprodução Notícias ao Minuto

Estudos comprovaram que a disfunção erétil eleva o risco de um homem sofrer alguma doença cardiovascular durante a vida, independentemente de possuir histórico de problemas cardíacos. E, além disso, quanto mais grave essa disfunção, maiores as chances de hospitalização por problemas cardiovasculares ou de mortes por qualquer causa.

Esta evidência é de um estudo da Universidade Nacional da Austrália, cujo resultado mostrou que homens com mais de 45 anos que nunca apresentaram problemas cardíacos, mas com disfunção erétil de moderada a grave, podem ser até oito vezes mais propensos a ter insuficiência cardíaca em comparação àqueles que não apresentam a disfunção.

De acordo com o urologista do HCor, Dr. Mario Henrique Elias de Mattos, o estudo mostra que esses homens também têm 92% de chances de apresentar doença arterial periférica (estreitamento das artérias nas extremidades inferiores); 66% de chances de sofrer um ataque cardíaco; e 60% de chances de desenvolver doença isquêmica do coração. Além disso, o risco de morte por qualquer causa é quase duas vezes maior entre esses homens – e o de serem hospitalizados por problemas cardiovasculares, 50% mais elevado.

“As disfunções eréteis podem ser classificadas como psicogênicas, orgânicas ou mistas. As de causa orgânica podem ser de origem vascular, neurogênica, hormonal, induzida por drogas ou estarem associadas às alterações anatômicas dos corpos cavernosos (par de estruturas de tecido erétil que recebem a maior parte do sangue do pênis durante a ereção). Ao contrário do que muitos imaginam, as causas orgânicas são muito frequentes e principalmente naquele paciente portador de problemas neurológicos, cardiovasculares ou diabetes”, esclarece o urologista do HCor.

Principais causas para a disfunção erétil:

Aterosclerose: é a mais comum de todas as causas orgânicas. No mecanismo de formação das placas de aterosclerose ocorre agressão ao endotélio com consequente diminuição do diâmetro interno do vaso e dificuldade para manter o fluxo sanguíneo;

Cigarro: fumar durante muitos anos é um dos maiores fatores de risco para o desenvolvimento de disfunção erétil de causa vascular. As substâncias tóxicas presentes no cigarro provocam danos no endotélio e diminuem os níveis de óxido nítrico no pênis. Além disso, a própria nicotina provoca contração da musculatura lisa dos vasos que irrigam os corpos cavernosos, reduzindo o aporte sanguíneo para o local;

Diabetes: as causas estão ligadas à aterosclerose mais acelerada, às alterações nos tecidos dos corpos cavernosos e à neuropatia diabética;

Hipertensão arterial: é causa importante de disfunção erétil. Tanto os medicamentos quanto a própria hipertensão podem ser responsabilizados pelas dificuldades de ereção;

Hiperlipidemia: a presença de altos níveis sanguíneos de LDL-colesterol, triglicérides e fibrinogênio estão associados à disfunção erétil tanto em fumantes como em não fumantes.

Principais sintomas da disfunção erétil:

  • Redução do tamanho e da rigidez peniana;
  • Incapacidade de obter e manter a ereção;
  • Piora no desempenho do ato sexual.

Principais sinais associados à disfunção erétil:

  • Redução dos pelos corporais;
  • Atrofia testicular;
  • Doença vascular periférica;
  • Neuropatia (distúrbio das funções do sistema nervoso).

“Os fatores acima mostram que a disfunção erétil e doenças cardiovasculares compartilham fatores de risco semelhantes. A dificuldade de ereção pode constituir o primeiro indício de doença coronariana, uma vez que ambas estão ligadas a comprometimento do endotélio, estrutura essencial para a regulação das funções circulatórias”, finaliza Mario Mattos.