Espanha: seguem os contágios, primeiro país por milhão de habitantes

Sandra Cristina | Correspondente na Espanha

A atualidade dessa segunda-feira, 13 de abril, na Espanha, passa outra vez pelas devastadoras cifras que o coronavírus está deixando no país. O Ministério da Saúde informou que nas últimas 24 horas, 517 pessoas faleceram, um pequeno aumento em relação ao dia anterior. O balanço é de 17.489 mortos, enquanto que 169.000 pessoas estão infectadas e 64.727 se curaram.

Espanha segue sendo, uma semana mais, o primeiro país do mundo em mortos por milhão de habitantes. E mais, a nação governada por Pedro Sanchez assegura esta lamentável posição distanciando-se de seu imediato seguidor: Itália. Se na semana passada Espanha encabeçava o triste ranking com uma distância de 3 falecimentos com respeito à Itália, agora essa diferença se amplia para 47 vítimas mortais.

Por outro lado, seguem fechados em toda a Espanha, os bares e estabelecimentos de restauração (que só podem prestar serviços em domicílio), discotecas, instalações culturais, de ócio, recintos esportivos, parque de atrações e auditórios. Segue também a proibição de festas populares e manifestações em recintos abertos e via públicas. Hoje voltam a trabalhar, baixo forte vigilância, os trabalhadores da construção civil, algumas indústrias e serviços daqueles trabalhadores considerados essenciais em segunda escala. Hoje, em todo país, a polícia está entregando em estações de trens, ônibus, e pelas ruas, máscaras doadas pelo governo a esses trabalhadores que estão saindo de casa para evitar um possível aumento no número de contaminação pelo Covid – 19.

Por outro lado, outra mentira do governo Pedro Sanchez vem à tona. Desta vez do Ministro Marlaska, do Interior, que havia dito que a notícia de que se estava ocultando os verdadeiros números de reais de mortos na Espanha pelo Covid – 19 era falsa. Hoje se dá a conhecer o documento oficial do Ministério da Saúde que limita as autópsias e reduz a mortalidade oficial. Além disso, a Saúde se defende de futuras demandas judiciais e passa aos médicos a decisão de discriminar pacientes; aquela denúncia de que os pacientes maiores de idade não teriam prioridade de atendimento diante dos mais jovens.

As estrelas estão se apagando

A crise causada pelo coronavírus não só está gerando graves consequências sobre os clubes de futebol, como em alguns casos já está ameaçando sua sobrevivência afetando também de forma considerável suas principais estrelas, futebolistas dos quais o Covid – 19 roubou todo o protagonismo de sobrenatural que lhes mantém longe dos simples mortais.

“Quando é mais fácil convencer a Messi, Cristiano Ronaldo ou mesmo Neymar para promover um produto? Quando está em seu melhor momento ou quando está 5 anos afastado?”, se pergunta o diretor de marketing de equipe de futebol, que já vê afetado todos os esportes, financeiramente falando. Clubes que rebaixaram salários, que mandaram seus jogadores para o seguro desemprego, entre outras medidas que estão paralisando o setor. Tudo isso está afetando também psicologicamente todos os atletas que também estão limitados em termos de treinamento físico, impossível de ser feito fora de casa.