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Higiene íntima feminina: será que você faz da forma correta?

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IBahia

Devemos dormir com calcinha? Que tipo de sabonete usar? O ginecologista Dr. Omar Darzé explica essas e outras dúvidas.

"A higiene íntima deve fazer parte dos cuidados diários, tal como escovar os dentes e tomar banho."

“A higiene íntima deve fazer parte dos cuidados diários, tal como escovar os dentes e tomar banho.”

A higiene íntima deve fazer parte dos cuidados diários, tal como escovar os dentes e tomar banho. Os preceitos, medos e ansiedades que cercam o sexo e, consequentemente, o manuseio dos órgãos genitais, fazem com que muitas mulheres não a realizem de forma satisfatória. Irritações, coceiras, fluxo vaginal e odor desagradável são consequências diretas da higiene ausente ou inadequada. É importante saber que a vagina não é seca e, normalmente, existe uma secreção (corrimento) que não tem cor, odor desagradável e de maior intensidade no período ovulatório. Corrimentos amarelados, esverdeados, grumosos, associados à irritação vulvar e mau cheiro, são bons motivos para procurar seu ginecologista, uma vez que se associam com a presença de micro-organismos.

Recomenda-se que a higiene deva ser realizada pelo menos duas vezes ao dia, durante o banho e, apenas na vulva, evitando-se a utilização de sabões e duchas na vagina o que pode destruir as bactérias que ali se localizam, servindo de mecanismo de defesa a infecções. A higiene é íntima e não interna. Os dedos e sabonetes, de preferência neutros, são os instrumentos necessários. Buchas, cotonetes e esponjas, não devem ser utilizados. Quanto aos sabonetes, os líquidos são os mais indicados, uma vez que, em barra, por serem mais compartilhados, podem servir como uma forma de transmitir certas doenças. Durante o decorrer do dia, a higiene com uso de lenços umedecidos sem perfume é uma boa prática.

"Durante o decorrer do dia, a higiene com uso de lenços umedecidos sem perfume é uma boa prática."

“Durante o decorrer do dia, a higiene com uso de lenços umedecidos sem perfume é uma boa prática.”

A limpeza deve ser iniciada pelo clitóris, procurando retirar todo o esmegma (um resíduo geralmente esbranquiçado, formado por células mortas e oleosidade da pele), e através de movimentos circulares lavar toda a vulva com o cuidado de sempre direcionar a limpeza da vulva para o ânus, evitando assim trazer bactérias do reto para próximo da vagina. Estas manobras não devem durar mais do que três minutos, para não causar traumatismos e ressecamentos. Durante o período menstrual, a higiene deve ser realizada com menor intervalo, procurando retirar os coágulos presentes e trocando o absorvente, sempre que necessário. O uso do absorvente interno é aceito em determinadas situações como ida à praia, não devendo ser utilizado diariamente.

A depilação íntima fica a cargo de cada mulher, não existindo um transtorno maior na sua realização, salvo o trauma sobre a vulva pela técnica empregada (gilete ou cera). A permanência dos pelos como uma linha de defesa aos órgãos sexuais se adaptava em épocas nas quais as mulheres não utilizavam roupas.

A roupa íntima deve ser de tecidos que não impeçam a transpiração e sejam fácies de lavar. Nunca lavar as calcinhas durante o banho e pendurá-las no banheiro. Dê preferência aos sabões neutros e estendê-las cuidadosamente na claridade. Dormir sem calcinha também é recomendável como também evitar o uso rotineiro de roupas justas.

No caso daquelas que têm vida sexual ativa, procurar esvaziar a bexiga e realizar o asseio vulvar logo após a relação, uma vez que o coito facilita a entrada de bactérias na uretra, favorecendo a ocorrência de infecção urinária. É sempre bom se lembrar da necessidade da utilização da camisinha (masculina ou feminina).