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Finanças Pessoais: Como lidar melhor com meu Dinheiro?
Ricardo Fernandes*
Eu desejo que você ganhe dinheiro
pois é preciso viver também
e que você diga a ele, pelo menos uma vez,
quem é mesmo o dono de quem
Trecho da Música “Amor pra Recomeçar” de Roberto Frejat
Orientações sobre Finanças Pessoais tem sido cada vez mais buscada pelos brasileiros que parecem estar mais conscientes da importância e do impacto deste assunto em suas vidas. Em geral o que todos procuram é uma relação saudável com seu dinheiro, de modo a obter satisfação e realização de sonhos e objetivos.
Uma vez entendidas as dificuldades e desafios pessoais envolvidos, algumas orientações dadas por vários educadores financeiros para a melhoria das finanças pessoais são:
1 – Faça um controle de seus gastos
Muitas pessoas sentem que o dinheiro escorre entre seus dedos. Gastam compulsivamente, endividam-se e não sabem explicar racionalmente para onde o dinheiro foi e se realmente necessitavam de todos aqueles produtos. Um bom hábito para evitar gastos desnecessários é fazer uma lista do que foi comprado e do que se deseja comprar. Dessa forma ficará mais fácil entender no que se gasta e principalmente definir uma ordem de prioridades nos gastos, focando naquilo que é importante e que trará mais benefícios e satisfação como, por exemplo, uma viagem ou a compra de um imóvel.
Um teste simples para comprovar a eficiência das listas no controle de gastos e priorização de necessidades é ir ao supermercado com e sem uma lista de compras. Quando não há o planejamento prévio o resultado é que acabamos comprando mais do que o necessário para aquele momento;
2 – Busque aumentar sua renda
Não acredite em fórmulas que ensinam “como enriquecer sem esforço”. A maneira mais segura de aumentar a renda é por meio do trabalho árduo, constante e disciplinado. Além disso, muitos estudos acadêmicos indicam que os anos de estudo formal (graduação, pós-graduação, cursos de atualização, etc.) também estão entre os principais fatores que aumentam a renda no decorrer da vida. Portanto a combinação entre trabalho e estudo é a que seguramente trará melhores resultados;
3 – Poupe uma parte do que ganha
Poupar é, antes de tudo, um hábito. Separar uma parte do que se ganha hoje para planejar o futuro e permitir mais folga financeira é uma decisão bastante inteligente do ponto de vista financeiro. Quem consegue uma folga para investir conta com ótimas taxas de juros em várias aplicações financeiras como, por exemplo, o tesouro direto. Se houver o desejo de consumir um bem de maior valor no futuro, como trocar o automóvel ou reformar a casa, pode-se negociar com muitas vantagens o preço, uma vez que se dispõe da quantia necessária. Em outras palavras, compra melhor quem tem a famosa “bala na agulha”.
Vale ressaltar que há muitas outras orientações e que não existe uma única fórmula para todas as pessoas. É necessário que cada um faça uma análise de seu momento de vida e defina o quanto pode ou está disposto a mudar seus hábitos, visando buscar uma melhor relação com o dinheiro. Um ponto em comum em todas as orientações sobre educação financeira é a necessidade de se desenvolver disciplina no trato com o dinheiro para não ser escravizado por ele. Afinal, como também dizia outro poeta da Música Brasileira: “disciplina é liberdade”*.
*Trecho da Música “Há Tempos” (Legião Urbana, letra de Renato Russo).
*Ricardo Fernandes, é professor de economia e finanças
da Universidade Presbiteriana Mackenzie Campinas.
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