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Entomologista vem ao oeste da Bahia apresentar pesquisa sobre resistência à tecnologia Bt

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Rassana Milcent | Ascom Aiba

01A 1ª reunião do Grupo Técnico do Programa Fitossanitário da Bahia, realizada na última quarta-feira, 21, em Luís Eduardo Magalhães, contou com a presença do entomologista paulista, Celso Omoto. Ele apresentou uma pesquisa que vem desenvolvendo sobre o manejo e resistência de pragas em relação às proteínas Bt e alguns inseticidas. Omoto foi um dos pesquisadores que contribuíram para a elaboração do Programa Fitossanitário da Bahia em 2013.

Trabalhando há mais de 20 anos com pesquisas sobre detecção e monitoramento de resistências, Omoto adequou os métodos já existentes para a realidade do oeste baiano. “Nós temos que detectar os indivíduos que poderiam resistir à ação do inseticida; não basta apenas sobreviver nos nossos experimentos. Nós certificamos que esses indivíduos que consideramos como resistentes, conseguem completar o desenvolvimento e, posteriormente, deixar descendentes que também carregam essa característica de resistência”, explicou o entomologista.

No caso do oeste da Bahia, Omoto está caracterizando a suscetibilidade para todos os produtos que foram registrados em caráter emergencial. É um trabalho de extrema importância pra acompanhar a suscetibilidade dessas pragas-alvos ao longo do tempo. Caso seja detectado algum problema, os resultados da pesquisa servirão para que as estratégias que estão sendo implementadas no Programa Fitossanitário sejam revisadas.

Uma recomendação feita por Omoto foi a necessidade da utilização do Manejo Integrado de Pragas (MIP) como estratégia para retardar a evolução da resistência. “Essas tecnologias devem ser utilizadas de uma forma integrada, incluindo outras táticas de controle biológico que nós deveríamos explorar e, pra isso, pelo menos no início do estabelecimento dos cultivos, o uso de produtos seletivos aos inimigos naturais é de fundamental importância”, disse.

No final de sua apresentação, o entomologista ressaltou a importância de todos os agricultores trabalharem juntos no combate às pragas. “Não adianta apenas o produtor ou um grupo de fazendas fazer um bom manejo se o seu vizinho não faz nada. O sucesso do programa fitossanitário depende da união de todos os produtores, consultores, empresas de insumos, de defensivos, pra que, de fato, ele seja implementado”, concluiu Omoto.