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Cultura do milho é discutida durante a Bahia Farm Show
Silvânia Costa
As Câmaras Setoriais da Agropecuária foram criadas para pontuar melhor os problemas existentes em cada cultura. Na Bahia são 24 Câmaras de Grãos, formadas por grupos inteiramente ligados à cadeia produtiva. Durante a Bahia Farm Show, a Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia, organizadora do evento, reservou espaço para discutir sobre os aspectos que precisam ser melhorados na produção de grãos no Oeste da Bahia, tanto no plantio quanto na comercialização.
Conduzida pelo secretário executivo da Câmara de Grãos do Oeste, Ivanir Maia, participaram da conversa agricultores, representantes da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e o Superintendente de Políticas Agrícolas da Bahia, Guilherme Bonfim. As discussões giraram em torno da cultura do milho.
Segundo Ivanir Maia, na Câmara de Grãos, geralmente, a abordagem sempre é a cultura do milho, pois diferente da soja ainda precisa de estruturação logística. E esta é uma das preocupações dos produtores, que buscam competitividade e renda. Sobre isso o resultado poderia ser bem mais satisfatório se não fossem as dificuldades enfrentadas, principalmente, na capacidade de armazenamento da safra. Por causa da pouca estrutura, a maioria dos agricultores escoam a produção de imediato, e neste caso, com alta possibilidade de vender a saca por preços abaixo do planejado.
Este ano a região produziu 1,7 milhões de toneladas de milho e boa parte já está indo para o Nordeste. Setenta por cento da safra abastecem o mercado baiano. O transporte foi outro tema discutido na Câmara de Grãos. A situação das Brs deixa o setor preocupado, pois muitos trechos da 020, 242 e 135 precisam de manutenção e outros tem que ser acabados. As estradas vicinais também entram na lista das dificuldades de logística.
No espaço aberto ao debate, os agricultores levantaram várias sugestões para que sejam levadas à Secretaria de Agricultura, que por sua vez, manterá diálogo com o governo federal. “O que precisamos é de articulação política, que envolve a Secretaria de Agricultura, Ministério da Agricultura e AIBA. A logística é um dos principais gargalos da produção de milho”, comentou o secretário executivo, Ivanir Maia.
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