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Corpo de americana desaparecida desde abril, é encontrado no caminho de Santiago de Compostela


Sandra Cristina | Correspondente na Espanha
O corpo da estadounidense Denise Thien, de 41 anos de idade, desaparecida desde abril deste ano quando passava por Galícia percorrendo o caminho de Santiago de Compostela, foi encontrado na última semana pela polícia local.
O cadáver, que está custodeado pela polícia passou na segunda-feira, 14, por autopsia, mas seu adiantado estado de decomposiçao obriga a realização do reconhcimento por DNA.
O suspeito do assassinato está detido e prestou depoiemento. Trata-se de um espanhol nascido em Madrid e que estava residindo em Galícia há pouco mais de 4 anos. A polícia conseguiu chegar até o assassino após realizar muitas investigações minuciosas. Trata-se de Miguel Munhoz, que em um de seus passos em falso, foi a retirada de dinheiro em um caixa eletrônico com o cartão da vítima e logo após o desaparecimento da vítima, foi até uma agência bancária cambiar 10 mil dolares por euros, foi quando a funcionária, na dúvida da procedência do dinheiro e já por ter ouvido falar do desaparecimento da vítima, não teve dúvidas em tirar fotocópias de todas as notas e chamou a polícia que as comparou com os números das cédulas que Denise havia retirado nos Estados Unidos para realizar a viagem.
Mesmo com essas provas em mãos, a polícia teve toda a cautela em observar todos os movimentos de Miguel. Eram movimentos que não iam a favor do tempo “não haviam pistas novas de Denise e o suspeito não tinha atitudes comprometedoras”, declarou o delegado do caso, até que com outra tentativa de retirada de dinheiro, já com a conta de Denise bloqueada, não deixou margens para dúvidas e foi detido quando estava em um bar.

O corpo de Denise Thien foi encontrado na última semana | Foto: Caminho de Compostela/Espanha: Reprodução http://www.cacastrina.com/
Miguel prestou declarações junto a juíza de Primeira instância e Instrução. Mudou toda a versão que já havia prestado anteriormente do crime e disse que havia encontrado o corpo da vítima estirado no chão e o levou para enterrar em sua fazenda com medo de que poderiam pensar que fora ele quem a matou, o que obviamente foi desmentido porque a polícia já havia encontrado sangue em um serrote na fazenda de Miguel, faltando somente a prova do DNA.
Na segunda, a familia de Denise chegou à Espanha para fazer o teste, uma vez que o estado de putrefação do corpo já é muito avançado não deixando nem mesmo que a polícia distinguisse se o cadáver era de um homem ou de uma mulher.
O caso de Denise não parou de ser notícia em todos os meios de comunicação da Europa e Estados Unidos desde seu desaparecimento e agora com o encontro do cadáver.
A polícia ainda continua buscando detalhes para comprovar o crime e pouco a pouco os vai encontrando, como por exemplo, que Miguel alterou a sinalização do caminho, desenhando as setas, como se fossem as oficiais, que iam parar diretamente em sua fazenda.