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Codevasf marca 515 anos de descoberta do São Francisco com plantios e peixamentos

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Aroeira, Araçá, Gonçalves Alves e Pitombeira. Com o plantio simbólico de mudas nativas nas nascentes do São Francisco, no município de Urucuia, norte de Minas gerais, a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) marcou, nessa terça-feira (04), a passagem de 515 anos de “descoberta” do rio, um feito atribuído aos navegadores Américo Vespúcio, genovês, e André Gonçalves, português. O ato será coordenado pelo diretor de revitalização de bacias hidrográficas da Codevasf, Inaldo Guerra.

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“Esse tipo de ação cerca as nascentes e revigora plantas nativas que haviam desaparecido. Com isso, árvores naturais voltam a crescer. Elas protegem as nascentes e as regiões ciliares, aumentando a permeabilidade do solo com as raízes, barrando o transporte de sedimentos e preservando as matas ciliares. É o tipo de ação que tem que ser adotada por toda a sociedade”, explica Sidenísio Lopes de Oliveira, gerente regional de Revitalização da Codevasf em Minas Gerais.

O plantio de mudas nativas em Urucuia é uma das ações simbólicas que a Codevasf realiza na bacia hidrográfica do São Francisco neste 4 de outubro em homenagem ao aniversário de seu descobrimento. Em Petrolina, 40 mil alevinos de piau e curamatã serão soltos pela Codevasf para repovoamento do rio dentro do projeto público de irrigação de Bebedouro, zona rural de Petrolina (PE).

Em Alagoas, está programado um peixamento com diversas espécies nativas, como piau, xira, pacamã, matrinxã, piaba, entre outras, no Porto das Balsas de Penedo, localizado no centro histórico da cidade ribeirinha. Haverá, também, uma palestra no auditório da Codevasf em Penedo, sobre as ações de revitalização da bacia hidrográfica do rio São Francisco.

Em Sergipe, está programada, nesta quarta-feira (05), uma palestra sobre as ações da Codevasf para repovoamento do rio e o monitoramento da qualidade da água do São Francisco para os alunos de ensino fundamental da Escola Estadual Camila Dantas, no município de Neópolis. Após a palestra, será realizado mais um peixamento com 20 mil alevinos de curimatã nas margens do rio São Francisco.

Peixamentos e outras ações
codevasf-marca-515-anos-de-descoberta-do-sao-francisco-com-plantios-e-peixamentos-02Em diversos pontos do São Francisco, as comemorações do aniversário do rio também foram marcadas por peixamentos. No Médio São Francisco baiano, cinco municípios receberam 167 mil alevinos, em parceria com o Governo do Estado da Bahia, por meio da Bahia Pesca, com o objetivo de fortalecer a pesca e a piscicultura na região, gerar renda e fonte de alimentação para as populações ribeirinhas. Também na região, no município de Xique-Xique (BA), foi realizado, com apoio da Codevasf, o “V Campeonato Ecológico de Regata da Marreca Velha”, nos dias 24 e 25 de setembro, às margens do Rio São Francisco.

No Baixo São Francisco sergipano, estudantes da rede pública participaram, no dia 28 de setembro, de um peixamento, no povoado Betume, em Neópolis (SE), usando 20 mil alevinos de espécies nativas, no leito do rio São Francisco. Na oportunidade, também foi realizado plantio de mudas de emburana, goiabeira e paineira.

Recomposição da ictiofauna
Por meio de seus sete Centros Integrados de Recursos Pesqueiros e Aquicultura implantados em cinco estados, a Codevasf atua na preservação da ictiofauna das bacias hidrográficas, bem como em sua revitalização, por meio da realização de peixamentos e pesquisas aplicadas. Os centros integrados são considerados referência no desenvolvimento de pesquisas e tecnologias de reprodução, larvicultura e alevinagem de espécies nativas do rio.

Até hoje, mais de 134 milhões de peixes foram produzidos para a recomposição e manutenção da ictiofauna com espécies nativas do São Francisco e espécies não nativas destinadas ao apoio da piscicultura na bacia. Para os peixamentos, foram destinados 73 milhões de nativas, entre elas cari, pacamã, piau, curimatã pacu, curimatã pioa, matrinxã e piaba.

O São Francisco
O berço do São Francisco fica na Serra da Canastra, no município de São Roque de Minas, em Minas Gerais. Da nascente, ele percorre cerca de 2.800 quilômetros até desaguar no Oceano Atlântico, passando por cinco estados: além de Minas Gerais, o rio banha as terras de Alagoas, Bahia, Pernambuco e Sergipe.

Todo o vale sanfranciscano ocupa uma área aproximada de 620 mil quilômetros quadrados, incluindo 505 municípios, com uma população de cerca de 18,2 milhões de pessoas.