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Baiana encara número 1 de olho na lenda do MMA

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Jessica Sandes | A Tarde

Natural de Pojuca (a 76 km de Salvador), Amanda ‘Leoa’ Nunes está pronta para enfrentar a número um do ranking do UFC, a americana Cat ‘Alpha’ Zingano.

Amanda 'Leoa' não tem medo de encarar as melhores | Foto: Margarida Neide/Ag. A TARDE

Amanda ‘Leoa’ não tem medo de encarar as melhores | Foto: Margarida Neide/Ag. A TARDE

O confronto será o primeiro combate do card principal do UFC 178, amanhã, a partir das 19h (da Bahia), no MGM Grand Garden Arena, em Las Vegas (EUA). Amanda é a única representante brasileira no evento.

O treinador das modalidades de chão da baiana (jiu-jitsu, judô e wrestling), Daniel Valverde, acredita que, caso a ‘Leoa’ consiga uma vitória contundente em cima de Zingano, aumentarão as chances de credenciamento para a disputa do cinturão do peso-galo, contra Honda Rousey, atual campeã.

“Quem enfrentaria a Amanda se ela já tiver ganho da número um do ranking? Só tem a campeã [fora da lista por ser detentora do título]”, destaca Daniel.

A brasileira, que faz parte da equipe MMA Masters, possui nove vitórias e três derrotas na carreira. No UFC, ela está invicta, com duas vitórias por nocaute técnico (TKO) no 1º round.

Amanda diz que esse é um dos combates mais importantes de sua carreira. “Vou jogar em cima dos erros dela com calma, mas tentando finalizar a todo instante, tanto por cima quanto por baixo”, afirma ela, casca-grossa.

Contratempos
Cat está invicta na carreira (8-0), e não luta desde abril de 2013, quando ganhou de Miesha Tate (2ª do ranking) por TKO, aos 2m55segs do 3º round.

No início de 2014, a americana passou por uma tragédia. Seu marido, o lutador e treinador de jiu-jitsu, o brasileiro Mauricio Zingano, de 37 anos, foi encontrado morto no apartamento em que viviam.

Ela também seria técnica da edição 18 do The Ultimate Fighter (TUF) dos EUA, mas sofreu lesão no joelho direito e ficou de fora do reality show. O final do TUF 18 seria com a disputa entre Cat e Honda.

No quesito lesão, Amanda também não fica atrás. A baiana não sobe ao octógono desde novembro de 2013, quando bateu Germaine de Randamie.

Em abril deste ano, A ‘Leoa’ deixou de enfrentar Sarah Kaufman – no TUF Nations: Canadá x Austrália Finale – devido a uma lesão no polegar direito.

Em meio aos contratempos, o treinador Daniel sinaliza que a estratégia de Zingano é uma incógnita. “Sabemos que ela é uma wrestler nata e adora desferir chutes contra as oponentes, na grade. Mas não sabemos o que vem de lá, por isso, o trabalho foi muito duro em pé e no chão”, enfatiza.

Para Amanda, o tempo fora dos ringues é uma motivação maior. “Os brasileiros podem esperar de mim um show. Vou para decidir a luta. Estou 100%., sem lesões e preparada para continuar o meu sonho. Minha trajetória foi toda pensada para o cinturão do UFC. E vou dar tudo para chegar lá”, ressalta.