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Eliana Calmon orienta e deputado pede fim do aquartelamento

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A Tarde

Eliana Calmon orientou fim do aquartelamento | Foto: Iracema Chequer | Ag. A TARDE

Eliana Calmon orientou fim do aquartelamento | Foto: Iracema Chequer | Ag. A TARDE

O possível retorno à greve da Polícia Militar do Estado da Bahia (PMBA) parece ter chegado ao fim na madrugada deste sábado, 19, após uma reunião entre representantes das associações de classe e a ex-ministra do Superior Tribunal de Justiça, Eliana Calmon.

Durante o encontro, a ex-ministra e pré-candidata ao Senado pelo PSB na Bahia orientou os policiais a encerrarem o aquartelamento e retornarem às atividades.

Em carta direcionada ao Capitão Tadeu, que passou a liderar o movimento grevista após a prisão de Prisco, Eliana esclareceu que a situação só poderia ser resolvida no âmbito da Justiça Federal.

“Assim, Capitão, a melhor solução para o problema, não está no aquartelamento das forças policiais, porque não decorreu a prisão do descumprimento pelo Governador do acordo anteriormente assinado. Aliás, não poderia ele acordar sobre os processos em andamento na Justiça”, escreveu ela.

A recomendação foi seguida pelo deputado estadual Capitão Tadeu, que repassou as orientações aos policiais. “Esclareço primeiro que, quando alertei o aquartelamento, foi em função de uma comoção da corporação, o clima de revolta era muito grande. Era a coisa mais sensata naquele momento”, disse ele.

Em relação aos policiais de Feira de Santana, o deputado afirmou que “continuam aquartelados, mas não é uma decisão das associações. Não podemos mandar nesses policiais”.

á o major Marciel, do departamento de comunicação do Comando Geral da PM, enfatizou que o policiamento já voltou à normalidade. “O próprio líder Capitão Tadeu já recuou e a segurança foi normalizada gradativamente”.

Carta enviada pela ex-ministra Eliana Calmon ao Cap. Tadeu

Salvador, BA, 18 de abril de 2014

Capitão Tadeu,

Atendendo à solicitação de Vossa Excelência sobre a origem da prisão de Marco Prisco, informo que após consultar o Presidente do Tribunal Regional da 1ª Região, Desembargador Mário César Ribeiro, o Desembargador Almilcar Machado, plantonista do mesmo Tribunal e finalmente, o Procurador Geral da República, Dr. Rodrigo Janot, verifiquei que a prisão do Vereador indicado decorreu da Prisão Preventiva decretada pelo Juiz Federal condutor da ação penal a que responde o edil, em deferimento, a pedido formulado pelo Ministério Público Federal do Estado da Bahia, diante das provas entregues ao Magistrado comprovando o envolvimento do acusado em novas manifestações da greve da Polícia Militar da Bahia, deflagrada no último dia 15 do corrente mês e ano. Assim nada há de novo no fato ensejador da Prisão Preventiva senão a determinação de custódia de um réu em processo antecedente, sem qualquer envolvimento político ou intervenção do Governo ou outra autoridade qualquer da Bahia.


Quero esclarecer a Vossa Excelência que a situação de Marco Prisco só pode ser solucionada no âmbito da Justiça Federal, mediante Habeas Corpus examinado pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região.

Solidariedade ou parceria no sentido de haver um reposicionamento da Justiça inexiste e a retomada de greve por parte da Polícia Militar é absolutamente impertinente neste momento porque esse acontecimento impedirá o exame de um possível Habeas Corpus, podendo ocasionar a prisão de líderes do movimento, agravando a solução do problema.

Assim, Capitão, a melhor solução para o problema, não está no aquartelamento das forças policiais, porque não decorreu a prisão do descumprimento pelo Governador do acordo anteriormente assinado. Aliás, não poderia ele acordar sobre os processos em andamento na Justiça.

Atenciosamente,

Eliana Calmon

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