Mundo
Como o Rito do Impeachment chegou à Espanha
Sandra Cristina | Correspondente na Espanha
A notícia que chega à Espanha sobre a presidente Dilma Rousseff é bem clara: imersa em uma crise política e econômica que fez sombra em seu governo durante todo este ano de 2015, levou o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, anunciar na última quarta-feira, 02, de improviso diante de um grupo de jornalistas, que decidiu aceitar uma das 28 petições de impeachment. A solicitação para destituir Rousseff, acusa a presidente de haver realizado manobras fiscais irregulares para ajustar as contas de seu governo em 2015.
Uma hora depois do anúncio, Rousseff compareceu com um gesto sério em cadeia de televisão brasileira para assegurar que as acusações são “inconsistentes”, e pedir “tranquilidade e confiança nas instituições e acrescentou que está convencida de que o processo será arquivado. “Recebo com indignação a decisão do presidente da Câmara dos Deputados contra um mandato democraticamente conferido pelo povo brasileiro”, declarou.
Agora começa um largo processo que pode acabar com a saída do poder da líder do PT. A partir desse momento, uma comissão formada por deputados de todos os partidos analisará a petição de destituição e a presidenta terá que prestar esclarecimentos.
Para informar os espanhóis sobre como é o processo, os jornais explicam que, os membros da comissão farão um informe a favor ou contra o impeachment, que, para sair adiante, deverá contar com o apoio de dois terços dos 513 parlamentares. O senado terá a última palavra: 54 dos 81 senadores devem apoiar a saída de Dilma e no caso de destituição, o vice-presidente Michel Temer assumirá o cargo.
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