Agro
Do laboratório ao campo: Por que a TI é essencial para o agronegócio
Regis Gabineski e Paula Martins*
Considerado um dos setores de maior destaque na economia nacional, o agronegócio tem registrado crescimento nos últimos anos, com boas perspectivas para o futuro. Paralelo a isso, não resta dúvidas de que a área ainda precisa seguir explorando oportunidades, a fim de alcançar o máximo potencial de qualidade e produção no Brasil. Como exemplos, temos a aplicação de processos mais sustentáveis no uso de recursos naturais e o avanço dos conceitos de biossegurança. E, para que essas atividades possam ser realmente eficientes, um ponto cada vez mais recorrente é a busca por soluções tecnológicas adequadas, que ajudem a otimizar e colocar em prática seus processos e ações.
Como a tecnologia ajuda o setor
Durante muito tempo, a tecnologia deu apoio ao ambiente agrícola pela mecanização das lavouras. Hoje, no entanto, a participação das ferramentas de Tecnologia da Informação e Comunicação no setor agropecuário e agroindustrial é muito mais ampla e efetiva, e tornou-se um combustível-chave para o sucesso das atividades ligadas à produtividade do campo.
Para comprovar essa visão, basta notarmos a criação de startups e centros de desenvolvimento que chegam para fomentar negócios, incentivando e melhorando as condições de trabalho para pesquisadores, produtores e empresas ligadas ao setor, embarcando novos processos e aplicações. Na verdade, a tecnologia tem se mostrado como um item vital para promover a transferência de conhecimento entre os diversos elos da cadeia agrária e industrial. E esse é o grande benefício que podemos ter com essa inovação.
Transferir conhecimento: a melhoria do processo como um todo
Mesmo com bons resultados, o fato é que um ponto sempre impactante em nossa estrutura foi a dificuldade em levar as inovações para o mundo real, em uma condição que representa sérios entraves para o fortalecimento do agronegócio e de outros ramos produtivos. Essa situação explica, por exemplo, a existência de uma enorme massa de pesquisa desenvolvida pelos centros acadêmicos e laboratoriais que, infelizmente, não se tornaram oportunidades de retorno à economia nacional.
E é essa lacuna que o desenvolvimento de sistemas gerenciais tenta resolver. Aliar a tecnologia como um elemento de apoio às exigências do dia a dia da pesquisa, cultivo, colheita e transporte – como parte de um processo conjunto e único –, significa mais assertividade e clareza para a comunicação e a tomada de decisões de cada fase de um projeto. Em outras palavras, a TI reforça as possibilidades de se integrar os dados entre todos os setores e etapas de uma pesquisa – da criação da ideia à aplicação e análise na produção –, tornando todo o processo da cadeia produtiva mais sustentável.
A disponibilidade de dados representa ganhos reais a todos os participantes do processo. Como para um pequeno produtor, que pode se aproveitar das vantagens inseridas por um aplicativo que o ajude a entender melhor as formas de preparo do solo; ou para as companhias maiores, que por sua vez, aumentam a qualidade de seus produtos, por meio da introdução de ferramentas de alta tecnologia, como georeferenciamento por drone, maximizando a interação entre pesquisas e resultados práticos.
Bancos de Germoplasma: exemplo de avanço para a bioteconologia
A inclusão da TI não significa melhorias apenas às rotinas do campo e dos times de PD&I. Várias verticais saem ganhando com esse impulso. Entre elas, a biotecnologia, que amplia o leque de análises e descobertas para o surgimento de melhores compostos, ferramentas e matérias-primas para dezenas de segmentos.
Um dos exemplos claros neste horizonte, são os ganhos que envolvem a criação de Bancos de Germoplasma. Estes centros exigem estruturas que permitem a formação de um fluxo de processos operacionais de maneira integrada com pesquisa científica e que deve ser realizada de forma efetiva, com o desenvolvimento de uma biblioteca de recursos genéticos ativa e acessível.
Com processos de análise e avaliação contínua, em sistemas complexos e densos, dispor de uma plataforma que facilite o gerenciamento de estoque ativo e cruzamento de dados tornaria mais simples a inovação e a bioprospecção para exploração comercial.
É nesse sentido que o desenvolvimento de um sistema confiável deixaria o trabalho de centros laboratoriais mais preparados para entregar real valor às produções, em processos de catalogação e utilização de pesquisas para encontrar novos produtos oriundos de recursos biológicos, entre outros.
Seja no laboratório, universidade, empresa, fazenda ou pequeno produtor, a inclusão de ferramentas tecnológicas planejadas para o agronegócio valorizará as chances de sucesso para toda a escala. Mais comunicação, eficiência, clareza e orientação em cada passo. E é esse desenvolvimento que, em breve, poderá revolucionar ainda mais a capacidade de todo o ambiente produtivo no Brasil.
*Regis Gabineski, CEO da Oplen, empresa especializada no desenvolvimento de softwares corporativos e integração de soluções em TI e Paula Martins, Professora Doutora do Instituto Federal Goiano e da rede Arco-Norte.
Seja integrante de nossos grupos de WhatsApp!
Falabarreiras Notícias 01
Falabarreiras Notícias 02
Falabarreiras Notícias 20
Falabarreiras Notícias 42
Falabarreiras Notícias 43
Falabarreiras Notícias 44
Falabarreiras Emprego 01
Falabarreiras Emprego 15
Falabarreiras Emprego 16
Falabarreiras Emprego 17
Falabarreiras Emprego 18