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Dia Internacional da Mulher: Por que essa data ainda precisa ser lembrada?

O que as mulheres precisam é de acolhimento, apoio e respeito…

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Dia Internacional da Mulher

Todo dia 8 de março é marcado pelos mesmos rituais. Mensagens, presentes e homenagens são distribuídos entre os membros da família, lista de contatos do WhatsApp, dentro das empresas e compartilhadas nas redes sociais. No entanto, apesar de aparentar ser apenas mais uma data comercial, o Dia Internacional da Mulher possui raízes históricas profundas e não pode ser encarado apenas como mais um dia de festa.

Por que dia 8 de março é considerado Dia Internacional da Mulher?

Antes de tudo, é importante lembrar o motivo que tornou o dia 8 de março uma data simbólica tão importante. No Brasil, é muito comum relacionar esse dia ao incêndio ocorrido em Nova York no dia 25 de março de 1911. Esse incêndio causou a morte de 146 trabalhadores, incluindo 125 mulheres e 21 homens (na maioria, judeus), e revelou as más condições enfrentadas por mulheres durante o período da Revolução Industrial.

Porém, na verdade a data simbólica é resultado de uma manifestação que ocorreu na Rússia em 8 de março de 1917. Naquela ocasião, 90 mil operárias se manifestaram contra o governo do Czar Nicolau II. Elas protestavam contra às más condições de trabalho, a fome e o envolvimento do governo russo nos conflitos da Primeira Guerra Mundial.

O movimento ficou conhecido como “Pão e Paz’ e foi um dos responsáveis por apertar o gatilho que resultaria na Revolução Russa. Depois disso, a data foi oficializada pelos soviéticos como dia de celebração da “mulher heroica e trabalhadora”.

Contudo, apenas cerca de 20 anos depois, em 1945, a Organização das Nações Unidas (ONU) assinou o primeiro acordo internacional com o objetivo de firmar os princípios de igualdade entre homens e mulheres. Trinta anos se passaram até que a ONU considerasse o ano de 1975 como o Ano Internacional da Mulher. Mas somente em 1977 o dia 8 de março foi reconhecido oficialmente pelas Nações Unidas como Dia Internacional da Mulher.

O Dia Internacional da Mulher também é dia de luta e reflexão

Infelizmente, após mais de um século de luta por respeito e por direitos fundamentais a vida e a cidadania da mulher, o cenário que as manifestantes lutaram para mudar ainda precisa melhorar muito. A desigualdade de gênero, o preconceito, o assédio moral e sexual, violência doméstica, dupla ou tripla jornada de trabalho são alguns dos problemas que muitas mulheres ainda enfrentam nos dias de hoje.

E o que já era difícil, se agravou durante a pandemia. De acordo com o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, somente em 2020 o Brasil registrou 105.821 denúncias de violência contra a mulher. As mulheres, especialmente aquelas que são chefes de família, também têm enfrentado mais dificuldade para encontrar emprego nessa época de pandemia.

Muitos empresários consideram mais fácil contratar uma mulher sem filhos ou um homem, que geralmente não se responsabiliza pelos cuidados de uma criança, fechando as portas para as mães de família.

Além disso, ainda existe toda a questão do preconceito em contratar mulheres para certas vagas, do assédio enfrentado dentro e fora do ambiente de trabalho, bem como na necessidade de conciliar família, emprego, dificuldades financeiras e ainda lidar com questões de saúde, além do medo do futuro. Tudo isso cansa e provoca uma verdadeira sobrecarga emocional e física sobre tantas e tantas brasileiras.

Por isso, mais do que frases clichês e mensagens padronizadas, o que as mulheres precisam nesse 8 de março é de acolhimento, apoio e, acima de tudo, de respeito. As mulheres precisam de ações concretas, de luta contra a violência, o machismo, a desvalorização e o preconceito que, infelizmente, ainda precisam ser superados no Brasil.

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