Brasil
Agência de risco rebaixa nota da Petrobras
Moody’s rebaixou a nota de “A3” para “Baa1”, de qualidade alta para média.
Agência diz que a motivação foi a alta alavancagem da empresa.
A agência de risco Moody’s rebaixou a nota da Petrobras de “A3” para “Baa1”, tirando a empresa na escala de grau de investimento e baixo risco para a de qualidade média.
A redução, segundo a Moody’s, reflete a alta alavancagem e a expectativa de que a empresa continue com fluxo de caixa negativo nos próximos anos , à medida que conduz seu programa de investimentos. A perspectiva permanece negativa.
“Não vemos ímpeto para uma elevação de rating do curto para médio prazo. No longo prazo, o rating poderia ser elevado com a entrega de produção crescente e rentável e crescimento de reservas, com declínio no perfil de alavancagem, em conjunto com um rating mais elevado para os títulos da dívida do governo brasileiro”, diz a nota da Moody’s.
“Nós vemos a alavancagem da Petrobras em níveis próximos ao pico em 2013 e 2014, significativamente mais altos do que aqueles de seus pares da indústria, e provavelmente apenas vai declinar de 2015 em diante. A execução bem-sucedida de seu ambicioso programa de investimento e a entrega das agressivas metas de produção serão chave para reduzir a alavancagem nos próximos anos e para estabilizar a perspectiva do rating”, afirma Thomas Coleman, Senior Vice President.
O rebaixamento ocorre no mesmo dia em que a estatal completa 60 anos. A empresa diz que tem como meta dobrar a atual produção de petróleo até 2020, chegando a 4,2 milhões de barris por dia (bpd).
Risco e dívida
A Moody’s diz que a dívida total da companhia aumentou no primeiro semestre de 2013 em US$ 16,3 bilhões, ou US$ 8,3 bilhões pela quantia líquida de caixa e títulos negociáveis, e deverá aumentar novamente em 2014, com base em uma perspectiva negativa para o fluxo de caixa ao longo de 2014 e em 2015. Atualmente, a relação dívida total/Ebitda é de 3,8 vezes.
A Petrobras enfrenta risco significativo de execução do plano que mira a produção de cerca de 3 milhões barris de óleo equivalente (BoE)/dia em 2016 e 5,2 milhões BoE/dia em 2020, diz a Moody’s. Além disso, por conta de desafios geológicos e tecnológicos de operações em águas profundas, “a companhia enfrenta riscos de atrasos, execução e entrega em perfuração e desenvolvimento”.
A agência vê ainda que a empresa tem forte ligação com o governo, que fornece suporte à empresa. “O governo está desempenhando um papel maior de supervisão na direção estratégica da Petrobras e desenvolvimento offshore e está promovendo conteúdo local e outras iniciativas que terão um impacto sobre seu programa de desenvolvimento.” Também há destaque para os “fortes laços com o BNDES”, acionista da Sete Brasil, encarregada de supervisionar as sondas de perfuração offshore que terão contratos com a Petrobras.
A perspectiva negativa foi mantida “para avaliar a execução da companhia em relação ao seu programa de investimento e cumprimento das metas de crescimento de produção, bem como da tendência de alavancagem, que deve começar a declinar depois de 2014”.
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