Mega projeto eólico de R$ 6 bilhões vai criar 3 mil empregos na Bahia

Conjunto Eólico, um marco para a sustentabilidade e geração de empregos no interior da Bahia | Foto: Paula Froes/Alô Alô Bahia

O Conjunto Eólico Serra do Assuruá, em implantação na cidade de Gentio do Ouro (BA) pela Engie Brasil Energia, já demonstra seu impacto socioeconômico. Com investimento de R$ 6 bilhões e aval ambiental do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia (Inema), a obra já alcançou 50% na supressão vegetal e topografia e 80% na fase de sondagem.

Em parceria com a Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esportes (Setre), o projeto tem foco na mão de obra local. O Serviço de Intermediação para o Trabalho (SineBahia) está coordenando campanhas de cadastramento de trabalhadores, incluindo ações direcionadas às Comunidades Quilombolas e de Fundo e Fecho de Pasto, visando a inclusão de profissionais tanto de comunidades tradicionais quanto não tradicionais.

O Posto do Sine em Gentio do Ouro é o responsável pela seleção e encaminhamento da mão de obra local. O processo envolve a identificação de vagas e o encaixe profissional adequado.

Qualificação e Inclusão

Com a finalidade de fortalecer a capacitação profissional em Gentio do Ouro, a Engie e a Setre lançaram o Programa Qualifica Bahia. Foram ofertadas 60 vagas gratuitas para cursos como pedreiro polivalente e carpinteiro, com 50% das vagas destinadas às mulheres. Paulo Muller, gerente de Implantação do Conjunto, ressalta que outras iniciativas de qualificação estão em andamento, incluindo cursos voltados para a manutenção de aerogeradores.

Energia para o Futuro

O projeto, com capacidade instalada de 846 MW, será constituído de 24 parques eólicos e 188 aerogeradores, além de 28 km de linhas de transmissão. A previsão é que a operação comercial comece no segundo semestre de 2024. Segundo Paulo Muller, o conjunto “reforça o compromisso da Engie com a transição energética e com o desenvolvimento local”.

Impacto Fiscal e Social

O Conjunto Eólico não apenas fomentará a oferta de energia renovável na matriz brasileira, mas também beneficiará a arrecadação de Gentio do Ouro e do Estado da Bahia através do recolhimento de tributos. Além disso, está prevista a implantação de projetos sociais financiados por investimentos privados.

Paulo Muller conclui que o empreendimento é uma ação de longo prazo, prevendo pelo menos duas décadas de atividade na região, e que vai além da geração de energia, contribuindo significativamente para a comunidade local.

Da redação do Portal Falabarreiras.com com informações do Alô Alô Bahia